Em matéria da TV Diário, podemos constatar, quão rastejante, é a proposta que a secretária Nena Mar, propõe para a cidade.
A ação cultural, que ela chama de projeto “cultura itinerante”, mais parece uma iniciativa de quermesse paroquial ou as antigas ruas do lazer, realizadas nas décadas passadas, pouco ou nada tem a ver com as politicas públicas afirmativas para setor do século da agenda 21 da Unesco, e diretrizes do extinto ministério as cultura e hoje secretaria especial de cultura do governo federal.
A gestora da pasta afirma, a importância de descentralizar a cultura, como se algum dia, a cultura fosse concentrada.
Dentro desta ótica populista, Nena Mar contribui com ações recreativas nos bairros e viabiliza a política populista do prefeito Eduardo Boigues.
Longe de ser politica pública afirmativa, a secretária não tem nenhum projeto plurianual para o fundo municipal de cultura, conquistado a duras penas, pelo ex secretário Marcus Vinicius.
A cultura é regra e arte exceção, segundo o professor Teixeira Coelho, que a secretária nunca ouviu falar.
Que a cultura é a manifestação de um povo, por Marilena Chaui, é outra informação que não consta no repertório cultural da secretária.
Depois do fracassado programa café com cultura, sem nenhuma audiência, da ignorante reinauguração da estátua do soldado constitucionalista da praça dos expedicionários, reencontrada num ferro velho.
Nena leva 8 meses para apresentar o Conselho Municipal de Cultura e acata mais uma vez as ordens do prefeito, que lhe enfia goela abaixo, membro do Rotary Club, Casa da Criança, FEMPI e apenas uma representante da cultura, a incansável Cindy Araújo.
Sem saber o que está fazendo na pasta, sem nenhum conhecimento técnico e científico, Nena subestima as conquistas do setor enquanto formulação de politicas públicas, formatação de projetos culturais.
Apenas propõe o que lhe está ao alcance, replicar nos bairros uma cultura de massa, com direito a imitações de shows televisivos e tal.
Pensar na cultura como valor simbólico, estabelecer pilares e diretrizes para uma efetiva politica pública não está no radar intelectual da gestora da pasta.
Resgatar a história e a memória dos bens materiais e imateriais do município, criar editais de fomento, fruição e circulação de projetos artísticos culturais, também não são repertórios do intelecto da secretária.
Passado quase um ano de gestão, não se pode esperar que a gestora da cultura do município, venha nos surpreender com algo digno de políticas públicas, para o setor, de uma cidade com mais de 4 séculos e meio e 7 décadas e emancipação politica.
Não será na gestão do prefeito populista com a ineficácia da secretária, que artistas, intelectuais e munícipes terão respostas efetivas para seus anseios.
A cultura do que “assim é se lhe parece”, do “panis et circus” e do “seria cômico, se não fosse trágico”, é o que temos que suportar e nos preparar para meter a pá de cal que faltava nestas inciativas populistas que só nos envergonham.
Cabe á secretária o velho dito popular:
“Ninguém pode oferecer ao outro, aquilo que não tem pra si”.