Iniciativas emprestadas de outras áreas de serviço, podem trazer melhoras no atendimento e alívio para equipes de atendimento.
O mundo assiste boquiaberto a uma avalanche de casos positivos da covid-19 e aqui no Brasil, apesar dos dados oficiais estarem defasados , a multidão que começa a se aglomerar na porta dos serviços de saúde, dão uma ideia do que ainda está por vir .
É a balança mais uma vez pendendo para o lado da demanda. Mas será que existe uma saída para esses serviços lidarem com a crise?
Não é uma resposta fácil , nem simples, mas é sempre possível aprender alguma coisa com quem já viveu situação parecida.
As práticas de acolhimento adotadas há tempos pelos restaurantes ,e o teleatendimento adotado pela área da educação, são boas opções no arsenal de ideias à disposição dos gestores de saúde.
RESTAURANTES E ESCOLAS COMO INSPIRAÇÃO PARA OS GESTORES DE SAÚDE Restaurantes se notabilizam, pela forma como gerenciam a expectativa e a percepção de seus frequentadores. Com um fluxo de interação cuidadosamente planejadas, do momento em que o consumidor chega , até o momento em que vai embora, esses estabelecimentos aprenderam há tempos há importância do atendimento. O destaque deve vir para o primeiro atendimento, feito por um hostess, que cria uma conexão imediata com o cliente, e que reduz o tempo de espera entre a chegada e o início da prestação do serviço, uma lição que pode inspirar acolhimento mais efetivo para a área de saúde.
Já as escolas, em meio a incapacidade de atender os alunos de forma presencial . Desde o início da pandemia buscam no teleatendimento, das aulas a distância, o caminho para continuar existindo.
Inovar, nem sempre é inventar a roda ou ter uma ideia do zero . Mas usá-la, numa aplicação distinta daquela para a qual foi concebida, desde que gere os resultados esperados. Assim, importar essas práticas adotadas em escolas e restaurantes, produzindo com isso resultados esperados na área de saúde é um caminho para a inovação nesta área.
ACOLHIMENTO E TELEATENDIMENTO PARA LIDAR COM A SUPERLOTAÇÃO Ao adotar o acolhimento, prestado por colaboradores protegidos e muito bem treinados, aptos a receber os pacientes antes de entrarem para ser atendidos, acabam por reduzir o tempo de espera entre a chegada e o início do atendimento.
Diminuindo a ansiedade, dirigindo as expectativas do paciente para o atendimento que de fato será prestado, o acolhimento, não só ameniza a angústia do paciente, como também diminui a pressão sobre a equipe de trabalho. Pacientes melhor acolhidos, se tornam mais colaborativos .
Outro caminho, – referendada a pouco pelo Conselho Federal de Medicina – são as teleconsultas. Feitas por plataformas já conhecidas, permitem o atendimento de pacientes infectados no conforto da própria residência, com a praticidade do agendamento. Uma medida já empregada na Europa e nos Estados Unidos que começa a dar o ar da graça em nosso país.
Longe de ser a solução para todos os efeitos desse novo “cataclisma covídico”, ações como as sugeridas, além de possibilitar uma melhora na gestão da expectativa, da experiência e da percepção dos pacientes, trazem alívio para toda a equipe de atendimento, tão castigada pelos 2 longos anos de enfrentamento da pandemia. Neste cenário, acolhimento e teleatendimento podem ser a bola da vez !