O núcleo fundador do partido Aliança pelo Brasil será composto, além do clã Bolsonaro, por assessores, aliados e parentes de deputados federais fiéis ao atual titular do Poder Executivo.
A convenção inaugural ocorrerá nesta quinta-feira (21) em Brasília - DF. O novo partido, organizado em torno do presidente Jair Bolsonaro, está recorrendo a uma espécie de mutirão com os cerca de 25 parlamentares do PSL que pretendem migrar para a legenda, informam os jornalistas Fábio Zanini e Talita Fernandes do jornal Folha de S.Paulo.
A convenção que iniciará a coleta de assinaturas é o primeiro passo de um longo processo de fundação de uma legenda.
O requerimento para a fundação da nova sigla, segundo a lei 9.096/95, que rege os partidos políticos, tem de ser assinado por no mínimo 101 pessoas, de ao menos nove estados. Posteriormente são necessárias 491.967 assinaturas.
Bolsonaro pretende criar o partido até o início de abril de 2020, para que possa disputar a eleição municipal. A coordenação do processo está a cargo do senador Flávio Bolsonaro, de seu irmão e deputado federal Eduardo e dos advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa.
A convenção também decidirá quem presidirá os diretórios regionais do partido. O do Rio de Janeiro deve ficar a cargo de Flávio, e o de São Paulo seria chefiado por Eduardo.
Já o comando nacional, caso não fique com o próprio presidente, deve ser confiado a uma pessoa de sua total confiança. Um nome forte é o do deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PSL).
Na segunda-feira (18), o presidente confirmou, na chegada ao Palácio da Alvorada, que poderá presidir a nova legenda. Questionado sobre a possibilidade, respondeu: “Eu acho que sim”.