O depoimento que o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello faria nesta quarta-feira (5) à CPI da Pandemia tinha como alvos o Supremo Tribunal Federal (STF) e o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. A ida de Pazuello ao colegiado foi adiada para o dia 19 após ele alegar ter mantido contato com pessoas que poderiam estar infectadas pelo coronavírus.
De acordo com a coluna da jornalista Bela Megale, do jornal O Globo, o general pretendia endossar as declarações de Jair Bolsonaro (Sem Partido) de que o STF impossibilitou a implantação de um plano centralizado de enfrentamento à doença ao decidir que Estados e municípios tinham autonomia para adotar medidas de combate ao coronavírus.
Pazuello, que durante o final de semana passou por um treinamento para ajustar o seu depoimento às diretrizes do Planalto, também estava pronto para atacar o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso.
O foco do ataque seria o fato de Barroso não ter atuado para impedir a realização das eleições municipais de 2020, o que teria impulsionado o avanço da segunda onda da Covid-19 no país.
Apesar do depoimento de Pazuello ter sido adiado, integrantes do governo Jair Bolsonaro avaliam que o roteiro deverá permanecer inalterado.