“Dois dias após o pedido de desculpas de Jair Bolsonaro (PSL) por um vídeo em que, exibido como um leão, o presidente era atacado por hienas que representavam o STF, partidos políticos e instituições da sociedade civil, o filho do mandatário, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, surgiu com uma nova afronta à democracia brasileira”.
O editorial destaca a proposta do deputado de reeditar o “infame” Ato Institucional nº 5, de 1968, que marcou o período mais tenebroso da ditadura militar.
Mais adiante, o texto demonstra que o clã Bolsonaro é reincidente. “Não foi a primeira vez que um membro da família Bolsonaro, incluindo o próprio presidente, teve rompantes autoritários. Desta vez, porém, ao evocar um decreto radical do passado que deixou um saldo de cassações e direitos políticos suspensos, o deputado provocou inédita reação no Congresso”, aponta o editorial.
O jornal põe em relevo que na mesma hora em que as lideranças políticas reagiam, “Eduardo voltou à carga e insistiu na exaltação à ditadura militar publicando um vídeo em rede social em que seu pai elogia o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, um dos símbolos da repressão”.
“Como defendeu ontem Rodrigo Maia, é imperioso que o deputado Eduardo seja agora alvo de punição por sua ‘apologia reiterada a instrumentos da ditadura’ - nas palavras do próprio presidente da Câmara dos Deputados”.