26/04/2024 às 10h21min - Atualizada em 26/04/2024 às 10h21min

Presidente Lula acompanha retomada da produção de insulina no Brasil

Com investimento de R$ 800 milhões, nova fábrica em Nova Lima – MG terá capacidade para suprir a demanda nacional e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento.

Redação
Agência Gov
Foto: Divulgação/Fábrica da Biomm em Nova Lima – MG, retomada da produção nacional de insulina após 20 anos
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) participa nesta sexta-feira (26), da cerimônia de inauguração da planta de produção de insulina da Biomm, em Nova Lima – MG. A oportunidade marca a retomada da produção do hormônio no país por uma empresa nacional depois de duas décadas e tem potencial para atender 1,9 milhão de pacientes.
 
Com investimento de R$ 800 milhões, a fábrica tem capacidade para suprir a demanda nacional de insulina e favorecer o acesso dos pacientes com diabetes ao tratamento. O Brasil é um dos países com maior incidência de diabetes no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas da Federação Internacional de Diabetes (IDF). A iniciativa é parte da nova estratégia para orientar a produção e a inovação nacional em saúde para atender ao Sistema Único de Saúde (SUS) e para cuidar das pessoas, gerando emprego, renda e investimento no Brasil.
 
A fábrica terá capacidade para 20 milhões de unidades de carpules (refis) de insulina glargina por ano – e, na sequência, de canetas de insulina. Além disso, poderá fabricar 20 milhões de frascos de outros biomedicamentos, como a insulina humana recombinante. A estimativa é de que a unidade, de 12 mil metros quadrados de área construída, gere 300 empregos diretos e 1,2 mil indiretos, num benefício para mais de seis mil pessoas.
 
Fiocruz
Durante o evento, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Biomm vão assinar um protocolo de intenções para desenvolver um programa de cooperação mútua, voltado para plataformas de produção de medicamentos para o tratamento de doenças metabólicas. O objetivo é desenvolver projetos alinhados com políticas que busquem o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde e maior autonomia do Brasil na produção de medicamentos para o Sistema Único de Saúde (SUS).
 
Complexo Econômico-Industrial
A Estratégia Nacional para o Desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (CEIS), lançada pelo Presidente Lula em setembro de 2023, tem como objetivo expandir a produção nacional de itens prioritários para o SUS, reduzir a dependência do Brasil de insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos de saúde estrangeiros e assinala o compromisso com as demandas da sociedade brasileira, integrando uma nova proposta de industrialização do país, voltada à inclusão de todas as pessoas, com sustentabilidade social e ambiental e geração de emprego e renda.
 
No âmbito do CEIS, foi lançada a Matriz de Desafios Produtivos e Tecnológicos em Saúde, que é composta pelos desafios no setor e soluções produtivas e tecnológicas apresentadas em blocos. Uma das prioridades do SUS na matriz é o diabetes, e há uma série de soluções produtivas e tecnológicas sendo implementadas:
  • Plataforma produtiva para insumos e produtos de base química destinada ao desenvolvimento e produção de insulinas e seus análogos 
  • Plataforma produtiva de inteligência artificial (destinada ao desenvolvimento e produção local de tecnologias de informação e conectividade para o monitoramento da diabetes) 
  • Plataforma produtiva para testes diagnósticos in vitro (destinadas ao desenvolvimento e produção de testes diagnósticos e dispositivos médicos para tratamento de úlceras no pé diabético) 
  • Plataforma produtiva para dispositivos médicos e biomateriais.
Finep
A farmacêutica Biomm obteve R$ 203 milhões de crédito (Finep, BNDES e BDMG), além de R$ 133 milhões aportados via equity (BNDES e BDMG) para implantar a unidade Industrial biofarmacêutica em Nova Lima.
 
Autossuficiência
A Biomm é considerada uma pioneira no setor de biomedicamentos no Brasil e está inserida na estratégia do Complexo Econômico-industrial da Saúde. A empresa participa do Programa de Parceria para o Desenvolvimento Produtivo (PDP) do Ministério da Saúde. A parceria visa a autossuficiência na produção e o acesso ao tratamento em todo o país. A companhia é 100% nacional, fundada em 2001 e atua na oferta de fármacos acessíveis para o tratamento de doenças crônicas no país.
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