Jair Bolsonaro (Sem partido) decidiu na sexta-feira (24) que o atual diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, vai ocupar o cargo de diretor-geral da Polícia Federal (PF).
A confirmação ocorreu na noite da sexta-feira, horas depois do pronunciamento de Bolsonaro no Palácio do Planalto para, segundo ele, “restabelecer a verdade sobre a demissão” de Maurício Valeixo, ex-diretor-geral da PF, e sobre a saída de Sergio Moro do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Ramagem assume no lugar de Valeixo, demitido na madrugada da sexta. Durante pronunciamento na sede do Ministério da Justiça, pela manhã, Moro disse que a demissão de Valeixo não foi feita “a pedido”, conforme publicou o Diário Oficial da União (DOU) e que o agora ex-ministro também não assinou a demissão, embora o nome dele apareça na publicação. No início da noite, o governo federal republicou, em edição extra do DOU, a exoneração - desta vez sem a assinatura de Moro.
Ao anunciar sua saída do governo, Moro alegou que o presidente Bolsonaro estava interferindo politicamente na Polícia Federal e queria “relatórios de inteligência” da instituição, algo que não é parte das incumbências da corporação.
Alexandre Ramagem Rodrigues é graduado em Direito pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ). Ingressou no Departamento de Polícia Federal (DPF) em 2005 e atualmente é delegado de classe especial.
Ramagem também foi chefe da equipe de segurança do presidente Bolsonaro durante a campanha eleitoral, em 2018.
Desde 2012, ele atua como professor da Academia Nacional de Polícia ministrando as seguintes disciplinas: Repressão a Homicídios e Grupos de Extermínio; Gestão de Pessoas; e Aperfeiçoamento em Planejamento e Gestão de Operações Policiais.