22/08/2021 às 21h37min - Atualizada em 22/08/2021 às 21h37min

Aliados de Alckmin, tucanos históricos devem deixar o PSDB

Em meio a articulação para disputar eleições estaduais, ex-governador deve levar dissidentes de Doria para o PSD.

Em vias de sair do PSDB e migrar para o PSD para disputar o governo paulista em 2022, o ex-governador Geraldo Alckmin vai levar com ele um grupo de tucanos históricos que são dissidentes do governador João Doria e reunir em seu palanque um consórcio de novos aliados que, inclusive, já foram adversários.

Como vai disputar o Palácio dos Bandeirantes sem a retaguarda da máquina estadual - que estará sob o comando do vice-governador e pré-candidato Rodrigo Garcia – Alckmin não deve ter o apoio formal de muitos prefeitos com mandato, mas seus aliados contam com a ajuda informal de antigos aliados.

Entre os que acompanharão Alckmin e deixarão o PSDB estão o ex-deputado federal e ex-prefeito de São José do Rio Preto – SP, Silvio Torres, que foi presidente estadual e secretário-geral nacional da sigla; o ex-deputado estadual de Bauru – SP, Pedro Tobias, que também comandou o diretório estadual; e o ex-deputado federal Floriano Pesaro, que disputou as prévias estaduais em 2018.

Também devem deixar o PSDB o ex-deputado e ex-prefeito de Sorocaba – SP, Antonio Carlos Panunzio e o ex-prefeito de Santos – SP, Paulo Alexandre Barbosa.

Adversário de Alckmin na disputa pela prefeitura em 2008, quando recebeu apoio velado dos tucanos, o ex-ministro e presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, é atualmente o principal articulador político da transferência de Alckmin, ao lado do também ex-governador Márcio França (PSB). Os dois estão atuando nos bastidores para atrair partidos médios e pequenos para o palanque de Alckmin, como Podemos, Avante, PMB, PV e Solidariedade.

Adversário interno de Doria e Alckmin nas prévias para prefeito em 2016, o ex-vereador e ex-ministro Andrea Matarazzo (PSD) também deve estar no palanque de Alckmin, assim como o presidente da FIESP, Paulo Skaf, que está de saída do MDB – partido pelo qual já foi candidato ao governo – e deve disputar o Senado na chapa formada por Alckmin e Márcio França.

O ex-governador paulista não tem pressa em anunciar seu novo partido, mas deve formalizar até o fim do mês sua saída do PSDB. Em uma tentativa de esvaziar o discurso de Alckmin, o PSDB paulista anunciou que vai fazer prévias para decidir o candidato ao governo paulista. Até agora, só o vice governador Rodrigo Garcia se apresentou.


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