A Câmara dos Deputados decidiu nesta terça-feira (10) rejeitar e arquivar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. O resultado representa uma derrota para o Jair Bolsonaro (Sem Partido), defensor da ideia.
Para ser aprovada, a PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL) teve o apoio de apenas 229 deputados.
Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.
Com isso, o texto será arquivado e o formato atual de votação e apuração deve ser mantido nas eleições de 2022.
O projeto propunha a inclusão de um parágrafo na Constituição para definir a obrigatoriedade da expedição de cédulas físicas conferidas pelo eleitor nos processos de votação das eleições, dos plebiscitos e referendos.
Na última semana, os membros da comissão rejeitaram parecer favorável à PEC elaborado pelo deputado Filipe Barros (PSL), da base de governo. Em seguida, aprovaram o relatório do deputado Raul Henry (MDB) que recomenda o arquivamento do texto.
Apesar de rejeitada na comissão, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), decidiu levar a proposta ao plenário da Câmara para que todos os 513 deputados se manifestassem.
Nesta terça-feira, os parlamentares decidiram enterrar de vez as discussões na Casa.