28/07/2021 às 11h23min - Atualizada em 28/07/2021 às 11h23min

Bolsonaro perde apenas para Maduro na gestão da pandemia, dizem especialistas

Formadores de opinião de 14 países da América Latina avaliam como mau o desempenho do presidente brasileiro para frear infecções e da campanha de vacinação no Brasil.

O Brasil e seu presidente estão mal na fita segundo a avaliação de 380 formadores de opinião de 14 países da América Latina ouvidos pelo instituto de pesquisas Ipsos sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus.

Em uma lista liderada pelo presidente do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou, o brasileiro Jair Bolsonaro (Sem Partido) aparece em penúltimo lugar, na companhia de seu desafeto Nicolás Maduro, da Venezuela.

A popularidade dos líderes de governo está diretamente atrelada à campanha de vacinação. Enquanto Lacalle Pou tem 20% de desaprovação, Bolsonaro é reprovado por 85% dos entrevistados (seguido pelo venezuelano, rejeitado por 90%).

O Uruguai está prestes a se livrar da ameaça da Covid-19, com mais de 60% de vacinados com as duas doses. Até setembro, o governo espera que o país alcance a imunidade coletiva pela imunização de toda a população.

País com melhor cobertura vacinal na região, o Chile também é considerado o que melhor administrou a crise sanitária, com 88% de aprovação entre os formadores de opinião entrevistados pelo Ipsos. Mas seu presidente, Sebastián Piñera, que amargou a impopularidade neste ano e meio de pandemia, aparece em segundo lugar, atrás de Lacalle Pou.

A avaliação em relação ao Brasil é a pior possível e reflete o caos sanitário em que o país se envolveu, com colapso de hospitais, falta de oxigênio, atrasos na vacinação e o fechamento das fronteiras aos brasileiros.

A taxa de imunizados, atualmente em 17,8%, ainda mantém o Brasil isolado e em situação de risco. Sua realidade se estreitou à da Venezuela, que até agora vacinou apenas 3,8% da população e, por ordem de Maduro, enfrenta novo bloqueio para frear a variante delta. Na percepção dos ouvidos pela pesquisa do Ipsos, no último ano e meio, o Brasil chegou bem perto da Venezuela.


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