O senador Ciro Nogueira (PP), um dos principais líderes do Centrão, escalado por Jair Bolsonaro (Sem Partido) para comandar a Casa Civil, responde a cinco inquéritos por beneficiar empreiteiras. Duas dessas investigações são sigilosas, informa o site Congresso em Foco.
Em um dos casos até agora desconhecidos, o novo chefe do principal ministério do governo Bolsonaro é investigado pela suspeita de ter recebido pagamentos da OAS em troca de apoio a uma medida provisória no Senado.
No outro, os investigadores apuram se Ciro exerceu influência na liberação de um financiamento para a Engevix na Caixa Econômica Federal.
Ciro Nogueira já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) duas vezes: em um caso é acusado de receber propina de R$ 7,3 milhões da Odebrecht em troca de apoio no Congresso; em outro, é suspeito de obstruir investigações ao atuar para mudar depoimento de um ex-assessor do PP que colaborava com a Justiça.
O advogado Antonio Carlos de Castro, o Kakay, que defende Ciro, afirma que as investigações são fruto de um processo de criminalização da política patrocinada pela Operação Lava Jato.