30/06/2021 às 09h16min - Atualizada em 30/06/2021 às 09h16min

E-mails comprovam que governo Bolsonaro negociou oficialmente com empresa que denunciou propina de US$ 1 por dose

E-mails comprovam que o Ministério da Saúde do governo de Jair Bolsonaro negociou oficialmente a venda e propina para a aquisição de vacinas com representantes da Davati Medical Supply.

O governo Bolsonaro negociou oficialmente venda de vacinas com representantes da Davati Medical Supply. O jornal Folha de S. Paulo revelou que teve acesso aos e-mails trocados entre as partes. Na noite de terça-feira (29), a publicação revelou que um representante da empresa recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose do imunizante para assinar o contrato.

As conversas aconteceram entre Herman Cardenas, CEO da Davati, e de Cristiano Alberto Carvalho, procurador da empresa, e Roberto Ferreira Fias, diretor de Logística do ministério da Saúde. Dias foi exonerado após a publicação da reportagem pelo jornal. Ele é apontado como o autor do pedido de propina. Na troca de e-mails, ele cita uma reunião que aconteceu entre as partes.

Em e-mail trocado em 26 de fevereiro, Cardenas fala de uma oferta de 400 milhões de vacinas da AstraZeneca e cita Luiz Paulo Dominguetti Pereira como representante. Dominguetti afirmou para o jornal que jantou um dia antes com Dias em restaurante no Brasília Shopping. O pedido de propina foi feito durante esse encontro.

“Ele me disse que não avançava dentro do ministério se a gente não compusesse com o grupo, que existe um grupo que só trabalhava dentro do ministério, se a gente conseguisse algo a mais tinha que majorar o valor da vacina, que a vacina teria que ter um valor diferente do que a proposta que a gente estava propondo”, declarou Dominguetti à Folha.


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