29/06/2021 às 21h38min - Atualizada em 29/06/2021 às 21h38min

Governo Bolsonaro cobrou propina de US$ 1 por dose, diz vendedor de vacina

Representante da empresa Davati Medical Supply, Luiz Paulo Dominguetti Pereira disse à Folha de S. Paulo que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, indicado pelo deputado Ricardo Barros (PP), pediu propina durante negociação de 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca.

Surge mais um grave indício de corrupção no governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido). Segundo a reportagem da jornalista Constança Rezende, do jornal Folha de S. Paulo, o representante de uma vendedora de vacinas afirmou em entrevista ao jornal que recebeu pedido de propina de US$ 1 por dose em troca de fechar contrato com o Ministério da Saúde.

“Luiz Paulo Dominguetti Pereira, que se apresenta como representante da empresa Davati Medical Supply, disse que o diretor de Logística do Ministério da Saúde, Roberto Ferreira Dias, cobrou a propina em um jantar no restaurante Vasto, no Brasília Shopping, região central da capital federal, no dia 25 de fevereiro”, diz a reportagem.

Segundo a Folha, Roberto Dias foi indicado ao cargo pelo líder do governo de Jair Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros (PP). Sua nomeação ocorreu em 8 de janeiro de 2019, na gestão do ex-ministro Luiz Henrique Mandetta (DEM).

A empresa Davati tentava negociar com o Ministério da Saúde 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca com uma proposta feita de US$ 3,5 por cada (depois disso passou a US$ 15,5). “O caminho do que aconteceu nesses bastidores com o Roberto Dias foi uma coisa muito tenebrosa, muito asquerosa”, disse Dominguetti", à Folha de S. Paulo.


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