24/06/2021 às 17h34min - Atualizada em 24/06/2021 às 17h34min

Presidente do Patriota é afastado por 90 dias por negociar “individualmente” filiação de Bolsonaro

Secretário-geral do diretório nacional e presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga, explica que o próximo passo da Executiva é registrar a ata da convenção de hoje em cartório.

A filiação da família Bolsonaro no Patriota é polêmica e já tornou ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), após a entrada de Flávio Bolsonaro ter sido considerada a “toque de caixa”. Desta vez, o partido decidiu, por maioria, afastar por 90 dias o presidente Adilson Barroso do comando da sigla por ter negociado “individualmente” a filiação de Jair Bolsonaro (Sem Partido).

A recente decisão foi tomada nesta quinta-feira (24) durante convenção nacional do partido. Barroso e Flávio Bolsonaro, que se filiou recentemente à sigla, não participaram da convenção e não justificaram a ausência. O vice-presidente do Patriota, Ovasco Resende, assume o comando da sigla. O afastamento de Barroso é válido por 90 dias, prorrogáveis por mais 90 dias.

O secretário-geral do diretório nacional e presidente do Patriota em Goiás, Jorcelino Braga, explica que o próximo passo da Executiva é registrar a ata da convenção de hoje em cartório. “Isso deve demorar alguns dias”, completa. Em seguida, se for aceita pelo cartório, a ata é encaminhada para o Tribunal Superior Eleitoral.

Braga explica que outro passo nesse processo de afastamento do presidente é que Adilson ainda responderá junto ao Conselho de Ética do Patriota quanto às medidas adotadas nas últimas convenções da legenda.

O secretário-geral do partido tem afirmado que não é contra a filiação de Bolsonaro, mas em qual condição ele embarca na legenda. Ele tem destacado que o partido é “um dos mais fiéis ao governo na Congresso. É um dos que mais vota favorável às matérias de interesse do governo no parlamento federal”.

Irregularidades

O motivo do afastamento seria que o presidente nacional, Adilson Barroso, estaria cometendo uma série de irregularidades para abrigar o presidente e seu clã no Patriotas. Entre as irregularidades, Barroso teria alterado e incluído integrantes na convenção do partido com direito a voto para garantir a aprovação do novo estatuto.

O presidente teria realizado a convenção nacional a toque de caixa e, segundo a ação enviada ao ministro Edson Fachin. “Utilizou-se de sua senha nacional do SGIP/TSE, e substituiu membros eleitos na convenção de 07/11/2018 e com direito a voto na convenção de 31/05/2021”, diz trecho do documento ao TSE.


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