24/06/2021 às 13h53min - Atualizada em 24/06/2021 às 13h53min

“Parece aqueles milicianos ameaçando as pessoas”, diz Omar Aziz sobre fala de Onyx Lorenzoni

“É preciso que não haja a política do ‘salve-se quem puder’, para garantir a confiança da população”, acrescentou a médica e diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, ao criticar Jair Bolsonaro (Sem Partido) na CPI da Pandemia.

Para o presidente da CPI da Pandemia no Senado, Omar Aziz (PSD), as falas do ministro Onyx Lorenzoni na noite da última quarta-feira (23) tiveram um tom inadequado. Chefe da Secretaria Geral da Presidência, ele se pronunciou sobre as acusações de que o governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) teria comprado vacinas Covaxin por um valor superfaturado, além de ter feito pressões pela aprovação do uso do imunizante.

Ao falar publicamente sobre o caso, Onyx disse que o deputado federal Luís Miranda (DEM) e o irmão dele, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde se entenderiam “não só com Deus, mas com a gente também”.

Para Omar Aziz, a fala foi inadequada e lembrou um miliciano. “Se ele diz ‘o governo vai ver quais são os meios legais que nós vamos tomar’, não... Ele, de uma forma bastante peculiar dele, ‘olha, Deus está vendo, antes da justiça divina, você vai se ver conosco’. Que isso? É uma coisa impressionante, parece aqueles milicianos ameaçando as pessoas. É impressionante”, declarou o presidente da CPI em entrevista à rádio CBN.

Omar Aziz ainda afirmou que Onyx Lorenzoni deve ser chamado para depor na Comissão Parlamentar de Inquérito. “Até porque, ele é citado mais de uma vez. E ontem ele, no mínimo, de uma forma não muito política, ele ameaça uma testemunha”, disse.

Na quarta-feira, Lorenzoni declarou o governo tomará “medidas” contra as acusações e pediu a abertura de uma investigação pela Polícia Federal sobre as declarações do deputado federal Luís Miranda e do irmão dele, Luís Ricardo Miranda, servidor do Ministério da Saúde. Ambos foram responsáveis pela denúncia do favorecimento da Covaxin.

Aziz ainda citou que houve uma mudança de postura do governo federal em relação às vacinas. “Há uma mudança de pensamento, uma mudança de discurso em relação à vacina. Em relação à Pfizer, ele disse, só vamos compra-la após a Anvisa autorizar a utilização dela. Em relação à Covaxin, só vamos distribuir após a Anvisa aprovar. Ou seja, já estava empenhada em pagar. As vacinas não chegaram, as datas que estavam previstas não foram cumpridas”, apontou.


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