13/06/2021 às 10h59min - Atualizada em 13/06/2021 às 10h59min

CPI já reuniu um terabyte de informações sobre os erros e omissões do governo no combate à pandemia, diz Miriam Leitão

“Desde que a Comissão começou a trabalhar, acumularam-se provas, evidências, linhas de investigação sobre a maneira criminosa com que o governo conduz esta pandemia”, afirma a jornalista Miriam Leitão.

A jornalista Miriam Leitão afirma, em sua coluna no jornal O Globo, que a CPI da Pandemia já reuniu um terabyte de informação sobre os erros e omissões do governo de Jair Bolsonaro (Sem Partido) no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Segundo ela, “desde que a Comissão começou a trabalhar, acumularam-se provas, evidências, linhas de investigação sobre a maneira criminosa com que o governo conduz esta pandemia”.

“Nesse um terabyte da CPI tem a informação de que a sucessora de uma empresa de nome Global Medicamentos, suspeita de fraudes na gestão do ex-ministro Ricardo Barros, na Saúde, é a intermediária da Covaxin. Com essa o governo teve pressa em negociar. O advogado Zoser Plata Bondim de Araújo, com milicianos na sua lista de clientes, negociou com a Pfizer, em nome do governo. Dinheiro público foi usado em remédio que não funciona para o Covid-19”, ressalta ela.

“Houve uma ação direta do próprio presidente da República em benefício das empresas que produzem cloroquina em negociações internacionais. O mundo inteiro correndo atrás de vacinas e o Brasil dificultando ao máximo a compra. Aquilo que o presidente não fez pela vacina fez pela cloroquina”, disse o senador Alessandro Vieira (Cidadania) à jornalista.

“Há muita informação já coletada pela CPI, há documentos oficiais mostrando os erros e omissões do governo, mas o que pode fazer a CPI, de fato? Ela encaminhará à Procuradoria-Geral da República. ‘Depois de enviar à PGR a lei não prevê mais nada’ , me disse um procurador”, destaca Miriam no texto.

“A gente tem essa compreensão da limitação da CPI. Ela não vai poder fazer denúncia, pedir impeachment. Vai fazer um relatório que será bastante contundente para que a sociedade organizada cobre providências. Vamos avançar para tipificar a conduta de Bolsonaro e construir, mesmo que seja para o futuro, medidas que evitem ter um presidente que claramente descumpre a lei de forma ostensiva. Não criamos mecanismos para isso. Era imprevisível. Agora sabemos que existe”, disse Alessandro Vieira.


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