29/03/2021 às 10h55min - Atualizada em 29/03/2021 às 10h55min

Senadores exigem demissão do “marginal” Ernesto Araújo depois de ataque a Katia Abreu

Com imagem de pior chanceler da história do país e incompatibilizado com o Senado, Ernesto Araújo se reunirá nesta segunda-feira (29), com sua equipe. Sua saída é dada como certa principalmente depois de ter tentado fazer uma armação política que, ao ofender a senadora Katia Abreu, atingiu todo o Senado.

A permanência de Ernesto Araújo no governo se tornou insustentável neste domingo (28) depois de ataques à senadora Katia Abreu.

Os senadores reagiram nas redes sociais com indignação a uma postagem de Araújo que insinuou que a senadora Katia Abreu (PP) e o Senado fazem lobby em favor do 5G chinês. A queixa dos senadores é generalizada e já chegou a Jair Bolsonaro (Sem Partido).

Por sua vez, a senadora Katia Abreu emitiu nota demonstrando que o chanceler de Bolsonaro mentiu e é um “marginal”.

“O Brasil não pode mais continuar tendo, perante o mundo, a face de um marginal. Alguém que insiste em viver à margem da boa diplomacia, à margem da verdade dos fatos, à margem do equilíbrio e à margem do respeito às instituições”, escreveu a parlamentar. “Alguém que agride gratuitamente e desnecessariamente a Comissão de Relações Exteriores e o Senado Federal”, completou.

Segundo a senadora, Ernesto resumiu em um tuíte um encontro de três horas em que ela teria alertado o ministro sobre os prejuízos que um veto à China traria à questão do 5G, entre vários outros temas, destaca reportagem da Folha de S.Paulo. “Se um chanceler age dessa forma marginal com a presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado da República de seu próprio país, com explícita compulsão belicosa, isso prova definitivamente que ele está à margem de qualquer possibilidade de liderar a diplomacia brasileira”, afirmou ela, na nota. A senadora do Tocantins pediu aos colegas uma “reação séria” às postagens de Ernesto, que, segundo ela, estaria afirmando que o Senado se vendeu ao “lobby chinês”.

O próprio líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB), foi obrigado a afirmar que há “uma linha que não pode ser ultrapassada”, sacramentando o isolamento de Ernesto Araújo no Senado.

A reunião convocada por Ernesto Araújo para esta segunda-feira com toda a sua equipe é vista como um forte sinal de que é a última.


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