01/02/2021 às 21h33min - Atualizada em 01/02/2021 às 21h33min

Deputadas entram com mandado de segurança contra presidente da Assembleia de São Paulo para retorno de serviço “SOS Mulher”

Parlamentares afirmam que Cauê Macris foi omisso ao não garantir funcionamento de programa que tem até orçamento próprio. Serviço criado em 2013 prevê apoio da Alesp em casos de violência contra a mulher.

Quatro deputadas estaduais protocolaram na Justiça um mandado de segurança contra o presidente da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp), Cauê Macris (PSDB), para que o programa “SOS - Violência contra a Mulher” seja restabelecido.

Marina Helou (Rede), Professora Bebel (PT), Márcia Lia e Erica Malunguinho (PSOL) afirmam que há omissão por parte do presidente na inatividade do serviço de apoio ao combate à violência contra a mulher, que deveria ser oferecido pela assembleia.

O “SOS - Violência contra a Mulher” foi criado por uma resolução de fevereiro de 2013, que estabelece que a Casa deverá:

  • receber e encaminhar aos órgãos competentes, para apuração e aplicação das penalidades legais, as denúncias de violência contra a mulher;
  • combater e denunciar os casos de violência contra a mulher em todo o território do Estado;
  • implementar ações de combate à violência contra a mulher;
  • participar e promover atos, reuniões, eventos, seminários, audiências e outras ações, com a finalidade de combater toda e qualquer discriminação e violência contra a mulher;
  • oferecer, gratuitamente, orientação psicológica e jurídica às mulheres vítimas de violência.

Segundo as parlamentares, o programa tem orçamento e quatro servidores próprios, mas para funcionar depende que o presidente da Comissão de Direitos Humanos solicite à Mesa Diretora tanto os valores quanto os funcionários.

As deputadas afirmam que não tinham conhecimento da existência do serviço, mas que depois que a colega Isa Penna (PSOL) foi apalpada por Fernando Cury (Cidadania) em plenário em dezembro, resolveram retomar o assunto.

O Conselho de Ética da Alesp notificou Cury nesta segunda-feira (1°) para que ele apresente sua defesa prévia antes da análise do caso. O conselho vai definir se abre um processo de cassação contra o deputado ou não. Os nove integrantes do conselho se reúnem na quarta-feira (3), às 11h.


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