Com atraso na chegada de insumos vindos da China para produzir a vacina contra a Covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que produz a vacina no Brasil, adiou de fevereiro para março a previsão de entrega das primeiras doses do imunizante.
O jornal Estado de S.Paulo teve acesso a ofício da Fiocruz encaminhado nesta terça-feira (19) ao Ministério Público Federal (MPF) que informa sobre o adiamento.
Isso dificulta a vacinação nacional uma vez que a única vacina que se encontra no Brasil, a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, também apresentou incertezas quanto à importação dos insumos para fabricar o imunizante chinês.
Segundo a Fiocruz, o primeiro lote de matérias-primas oriundas da China deverão chegar no dia 23 de janeiro, “ainda aguardando confirmação”, e que as primeiras doses produzidas com essa matéria-prima deverão ser entregues ao Ministério da Saúde somente no início de março.
A Fiocruz justifica ser necessário mais de um mês para o fornecimento das doses, pois, além do tempo de produção do imunizante, as doses fabricadas nacionalmente precisarão passar por testes de qualidade que demorarão quase 20 dias.