O Partido Democrata conquistou as duas últimas vagas no Senado dos Estados Unidos, disputadas em segundo turno no estado da Geórgia, e o presidente eleito, Joe Biden, terá o controle do Congresso americano no início do seu mandato.
A vitória abre caminho para Biden aprovar leis e projetos sem a resistência do Partido Republicano, que tinham maioria no Senado. Os democratas mantiveram sua maioria na Câmara dos Representantes e, com a vitória de Raphael Warnock e Jon Ossoff na Geórgia, conseguiram o controle também do Senado.
Com 98% das urnas apuradas, Warnock derrotou a republicana Kelly Loeffler e Ossoff venceu o republicano David Perdue.
Por volta das 10h desta quarta-feira (6), Ossoff divulgou um vídeo em que reivindicava a vitória: “Eu agradeço o povo da Geórgia por me eleger para servi-los no Senado dos Estados Unidos. Agradeço a confiança que vocês colocaram em mim”.
A confirmação, no entanto, só aconteceu no final da tarde. Warnock teve sua vitória declarada antes, ainda de madrugada, pela contagem da Associated Press.
O segundo turno ocorreu porque, na votação de novembro, nenhum deles obteve mais de 50% dos votos.
Na eleição presidencial de novembro, Biden derrotou Trump por menos de 0,25 ponto percentual no estado e houve recontagem - que confirmou a vitória do presidente eleito.
Os democratas têm agora 48 cadeiras no Senado, além de dois senadores independentes que geralmente votam com o partido. Já o Partido Republicano, de Donald Trump, tem 50 assentos.
Com um empate no número de assentos do Senado, o voto de minerva é do vice-presidente dos EUA, que exerce o cargo de presidente do Senado americano - a partir de 20 de janeiro, o posto será ocupado pela democrata Kamala Harris.
Essa votação decisiva ocorreu na mesma Geórgia onde Biden venceu Trump por menos de 12 mil votos de diferença na disputa presidencial - e foram necessárias duas recontagens. Foi a primeira vez que um democrata ganhou a eleição no estado desde Bill Clinton, em 1992.