Policiais militares da capital começaram a usar neste sábado (1°) 585 câmeras de segurança acopladas aos uniformes depois que casos de violência policial no estado de São Paulo vieram à tona, durante a pandemia de coronavírus, com a divulgação de vídeos nas redes sociais. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria da Segurança Pública (SSP).
O programa “Olho Vivo”, apresentado em 22 de julho pelo governador João Doria (PSDB), pretende implantar 3 mil câmeras nos uniformes policiais até o fim do ano. Ele começa neste sábado com mais de 500 câmeras doadas pela iniciativa privada para o Comando de Policiamento da Capital. Mais um lote, de 2.500 aparelhos, será adquirido por meio de licitação internacional. O investimento anunciado será de R$ 7 milhões.
A medida ocorre em meio a críticas de entidades de direitos humanos e especialistas em segurança às abordagens feitas por PMs neste ano no estado.
As câmeras vão servir agentes de três batalhões da Polícia Militar metropolitanos da capital (11°, 13° e 37° BPM-Ms). Tropas especiais, como as Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (ROTA), não usarão o aparelho nesse momento.
De acordo com a corporação, a tecnologia vai captar áudio e vídeo ao vivo e oferecer mais segurança e transparência nas atividades policiais.
Quem vai ligar e desligar a câmera será o próprio policial. Mas o que for gravado não poderá ser apagado, pois seguirá direto para uma ‘nuvem’. A orientação é de que o aparelho, que será do tamanho de um celular e ficará acoplado ao colete, seja ligado em toda operação policial.
Ao todo, a PM conta com mais de 84 mil policias no estado, entre homens e mulheres.