“A briga no PSL e a revelação, por meio de reportagem da revista Crusoé, de uma conexão entre o Palácio do Planalto e uma rede de blogueiros e youtubers, alguns dos quais com cargos em gabinetes no Executivo e no Legislativo, para destruir reputações e até derrubar ministros viraram combustível para a CPI das Fake News. E o olavo-bolsonarismo está em polvorosa” - escreve a jornalista Vera Magalhães em sua coluna no jornal O Estado de S. Paulo.
A jornalista argumenta que não é de hoje que o assessor especial da Presidência, Filipe Martins, discípulo de Olavo de Carvalho e Steve Bannon, “usa as redes sociais para convocar uma espécie de cruzada da nova direita contra o establishment, assim entendido difusamente como qualquer instituição ou indivíduo que ouse divergir do presidente”.
“Agora, flagrado articulando a partir do palácio para abater inimigos (...) acusa a CPI das Fake News de ser uma tentativa de cerceamento à liberdade de expressão”.
Vera Magalhães enumera fatos que vieram à tona na guerra interna do PSL, incluindo o racha com Jair Bolsonaro, que expõem a divisão profunda da direita.
E esses fatos são reveladores de comportamentos nefastos, como denúncias de rachadinha, lobby em Itaipu, candidaturas laranjas para uso irregular de fundo eleitoral, entre outros, envolvendo figuras como a deputada Joyce Hasselmann, o senador Major Olímpio, o filho do titular do Planalto, Eduardo Bolsonaro, Luciano Bivar e outros.