06/02/2023 às 23h33min - Atualizada em 06/02/2023 às 23h33min

Lula diz que pais do Bolsa Família serão obrigados a vacinar os filhos para manter o benefício

O Bolsa Família deixou de exigir a vacinação de crianças de zero a seis anos quando foi reformulado pelo governo Bolsonaro em 2021 e passou a ser chamado de Auxílio Brasil.

Redação
Agência Brasil
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pediu nesta segunda-feira (6) que os pais vacinem os filhos e disse que o programa Bolsa Família voltará a exigir a vacinação de crianças para a manutenção do benefício. O presidente deu a declaração durante a inauguração das unidades de oftalmologia e diagnóstico do Super Centro Carioca de Saúde, em Benfica, na cidade do Rio de Janeiro – RJ.
 
“O Bolsa Família está voltando e volta com uma coisa importante, volta com condicionantes. Quais são? Primeiro, as crianças de até 6 anos de idade vão receber R$ 150 reais a mais. Segundo, as crianças têm que estar na escola. Se não estiverem na escola, a mãe perde o auxílio. Terceiro, as crianças têm que ser vacinadas. Se não tiverem atestado de vacina, a mãe perde o benefício”, afirmou Lula.
 
Uma quarta condição, segundo o presidente, é que a mulher beneficiária, se estiver grávida, “tem que fazer todos os exames que a medicina exige para que ela possa ter uma criança que nasça robusta, forte e bonita como eu”, completou.
 
Críticas a Bolsonaro
Durante o discurso, Lula também criticou a postura de Jair Bolsonaro (PL) durante a pandemia da Covid. Para Lula, o governo anterior foi responsável por “350 mil, 400 mil mortes”.
 
“Agora vai começar a campanha do Zé Gotinha. A gente não pode vacilar, não pode brincar. É uma questão da ciência. Eu, se tiver dez vacinas da Covid, cinquenta, para tomar, eu tomo quantas forem necessárias, porque eu gosto da minha vida. Eu acho que cada um tem que gostar da vida dos seus filhos, levar as crianças [para vacinar] na idade certa”, alertou presidente.
 
Quando caiu a exigência
O Bolsa Família deixou de exigir a vacinação de crianças de zero a seis anos quando foi reformulado pelo governo Bolsonaro em 2021 e passou a ser chamado de Auxílio Brasil.
 
As demais condições para a manutenção do benefício, como a frequência escolar e o cumprimento do pré-natal pelas beneficiárias grávidas, também deixaram de ser observados.
 
O governo federal ainda não reverteu as mudanças realizadas pela gestão anterior. Atualmente, o Auxílio Brasil paga parcela mínima de R$ 600 mensais aos beneficiários, famílias com crianças de até seis anos recebem um adicional de R$ 150 mensais.
 
“Eu desejo que todo mundo cuide da vacina. Hoje, além da propaganda, é preciso convencer as pessoas. É preciso convencer o pai e a mãe que a criança tem que tomar vacina para o bem da criança, para o bem da família”, reforçou o presidente.
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