12/02/2020 às 10h32min - Atualizada em 12/02/2020 às 10h32min

Itaú, Bradesco e Santander fecham perto de 500 agências e enxugam quadro em 7 mil pessoas

Com o crescimento das operações digitais, que diminui a dependência de profissionais, o quadro de colaboradores também se reduziu: Itaú Unibanco, Bradesco e Santander enxugaram suas equipes em 7 mil pessoas.

Pressionados pela maior concorrência com fintechs e novas regras do Banco Central, os três maiores bancos privados fecharam as portas de cerca de 500 agências no ano passado, totalizando uma rede física de menos de dez mil pontos.

Com o crescimento das operações digitais, que diminui a dependência de profissionais, o quadro de colaboradores também se reduziu: Itaú Unibanco, Bradesco e Santander enxugaram suas equipes em 7 mil pessoas, cujas saídas foram efetivadas, principalmente, por meio de programas de demissão voluntária (PDVs).

Qual o impacto dos cortes? A expectativa das instituições é a de que o trabalho duro feito do lado das despesas ajude a compensar, em 2020, menores margens financeiras e o crescimento contido nas receitas de serviços e tarifas.

Os ganhos dos grandes bancos têm sido impactados pelo aumento do número de concorrentes no setor com a multiplicação das fintechs e ainda mudanças regulatórias como a do cheque especial, que limitou os juros mensais em 8% desde o mês passado.

Quantas agências e funcionários cada banco cortou? Veja abaixo as informações.

Itaú Unibanco

O banco fechou 200 agências no quarto trimestre, conforme já havia sinalizado ao mercado. Apenas no Brasil, a rede encolheu em 172 pontos.

No ano, foram encerradas 436 unidades, empurrando a rede física para 4.504 pontos, considerando Brasil e América Latina. Quando se considera somente a rede brasileira, a quantidade de agências diminuiu em 372 unidades, para 3.158. Para 2020, a sinalização do banco, ao menos até aqui, é a de que o ritmo de fechamento de agências vai desacelerar.

O Itaú desligou 5.454 pessoas no ano passado, fazendo com que seu quadro caísse de mais de 100 mil funcionários para menos de 95 mil como reflexo de um novo programa de PDV.

Bradesco

O Bradesco seguiu a mesma direção, com o adendo de que não conseguiu cumprir sua meta do lado das despesas, que cresceram 7,2% no ano passado, acima do previsto nas suas projeções (de 0% a 4%).

Com uma rede de 4.478 agências, o banco enxugou sua rede em mais de 100 pontos no ano passado, sendo que a maioria fechou as portas no último trimestre.

A meta do Bradesco para 2020 é fechar outras 300 agências.

O banco reduziu sua equipe em 1.276 mil pessoas também com um processo de demissão voluntária, que fez o quadro baixar para 97.329 pessoas.

Santander

O Santander, que vem abrindo pontos no interior do Brasil, abriu 45 agências no ano passado. A instituição, embora não tenha anunciado uma iniciativa de

PDV, enxugou seu quadro em silêncio. Foram apenas 193 funcionários no ano, mas no trimestre o corte chegou a 1.663 colaboradores.


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