Todos os dias, 1.680 pessoas consomem drogas na cracolândia, área que se espalha pelo centro paulistano.
Segundo estudo da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), os traficantes da região arrecadam todo mês R$ 9,7 milhões desse contingente de viciados em crack.
Quase metade dos dependentes químicos, 46%, compra a droga com dinheiro obtido em roubos. A criminalidade na região é controlada pela facção Primeiro Comando da Capital (PCC), que opera o que a polícia paulista chama de maior ponto de venda de entorpecentes do país, com 30 locais identificados.
Para a polícia, o tráfico usa os dependentes químicos como uma espécie de malha protetora, dado que a presença deles dificulta a realização de operações e a identificação de criminosos.
Segundo a pesquisa, 65,3% dos consumidores vivem e dormem quase todas as noites nas ruas do local.