24/11/2022 às 20h39min - Atualizada em 24/11/2022 às 20h39min

Aliados de Bolsonaro racham e criticam PL; partidos da coligação querem deixar a ação no TSE

Mesmo dentro do PL, há críticas à decisão de Valdemar Costa Neto de protocolar a ação – tomada após pressão de Bolsonaro. Segundo aliados, o presidente do PL “entrou numa fria” ao ceder às pressões do presidente e vai acabar prejudicando o partido.

Redação
Partidos da coligação de Jair Bolsonaro, PP e Republicanos não concordam com a decisão do PL de entrar no TSE contra o resultado das eleições no segundo turno. As siglas vão pedir ao tribunal para serem excluídas da decisão que multou a coligação em R$ 22,9 milhões.
 
O racha na aliança de partidos ocorreu porque PP e Republicanos afirmam terem reconhecido o resultado da eleição presidencial – e dizem que não foram avisados pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, da ação que contestaria os votos na Justiça Eleitoral.
 
A ação foi apresentada em nome da coligação e, por isso, a decisão do ministro Alexandre de Moraes de aplicar multa por litigância de má-fé incide sobre os três partidos.
 
“O presidente Valdemar [Costa Neto] entrou em nome da coligação, mas não tivemos nenhuma participação nesse processo, sequer fomos intimados ou citados. Como podemos ser penalizados?”, questionou o presidente do Progressistas, deputado Claudio Cajado (PP).
 
Segundo ele, os advogados do PP vão entrar com recurso ainda nesta quinta-feira (24) para excluir o partido da decisão do TSE. O Republicanos adotará o mesmo caminho do Progressistas e irá pedir sua exclusão da ação impetrada pelo PL.
 
Cláudio Cajado disse que faltou uma intimação aos partidos da coligação, e defendeu que os poderes do representante só valem até a eleição.
 
“As eleições já terminaram e o resultado foi admitido pelos presidentes dos partidos. Impugnaremos o valor atribuído a uma causa que não tem valor econômico”, acrescentou.
 
Multa e pedido de investigação
A coligação de Bolsonaro foi punida pelo TSE porque o PL entrou com uma ação questionando as urnas eletrônicas fabricadas antes de 2020, cerca de 250 mil das mais de 500 mil, sem nenhuma prova e com fundamentação técnica totalmente incorreta. Os pontos contestados pelo Instituto Voto Legal, contratado pelo PL, foram totalmente rebatidos pelos técnicos do TSE.
 
O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, avaliou que o PL agiu de má fé, com a finalidade de tumultuar o Estado Democrático de Direito, ao apresentar uma ação sem provas, e decidiu multar a coligação em R$ 22,9 milhões e determinar a abertura de inquérito para investigar a atuação do partido do presidente no episódio.
 
Mesmo dentro do PL, há críticas à decisão de Valdemar Costa Neto de protocolar a ação – tomada após pressão de Bolsonaro. Segundo aliados, o presidente do PL “entrou numa fria” ao ceder às pressões do presidente e vai acabar prejudicando o partido. 
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