O Tribunal Supremo Eleitoral da Bolívia anunciou nesta sexta-feira (3) a eleição para a escolha de um novo presidente para o país no dia 3 maio.
Os bolivianos foram às urnas em outubro de 2019, mas o pleito foi anulado por acusações de fraude depois de o então presidente, Evo Morales, ter sido reeleito no 1º turno. Evo foi proibido de participar da nova eleição.
A crise política culminou na renúncia de Evo e no seu exílio no México e, posteriormente, na Argentina. No dia 10 de novembro do ano passado, membros da antiga composição da Corte eleitoral boliviana foram presos por suspeitas de fraude no processo de apuração da eleição.
A Bolívia segue sendo conduzida pela autoproclamada presidente interina, Jeanine Áñez. Ela assumiu o cargo depois de debandadas na linha sucessória por parte de outras autoridades que deveriam, de acordo com a Constituição do país, assumir o posto que ficou vago com a renúncia de Evo.
Em entrevista divulgada no jornal Folha de S.Paulo no dia 2 de dezembro de 2019, Evo Morales disse ter certeza de que o seu partido, o Movimento ao Socialismo (MAS), vencerá as próximas eleições. Na ocasião, o líder indígena declarou que sua renúncia foi resultado de uma conspiração.