05/04/2022 às 22h36min - Atualizada em 05/04/2022 às 22h36min

Partido de Bolsonaro racha em São Paulo e se divide entre Rodrigo Garcia e Tarcísio

Também eram esperados no evento dois deputados federais, cerca de 30 prefeitos e 80 vereadores do partido, o que engrossa a dissidência pró-Rodrigo no PL.

Redação
Uma ala do partido de Jair Bolsonaro (PL) em São Paulo decidiu declarar apoio ao governador Rodrigo Garcia (PSDB) na corrida ao Palácio dos Bandeirantes. Oficialmente, o partido deve apoiar o candidato do presidente para o posto, o ex-ministro Tarcísio de Freitas (Republicanos).
 
Com a entrada de bolsonaristas na janela partidária, o PL inflou e se tornou a maior bancada da Assembleia Legislativa de São Paulo, com 17 nomes. De acordo com aliados do governador, 7 deles declararam apoio a Rodrigo – um evento na noite desta terça-feira (5), em Suzano – SP, formalizou o embarque na campanha tucana.
 
Também eram esperados no evento dois deputados federais, cerca de 30 prefeitos e 80 vereadores do partido, o que engrossa a dissidência pró-Rodrigo no PL. O partido chegou a fazer convite para que Tarcísio se filiasse, mas o ex-ministro optou pelo Republicanos.
 
Antes de abrigar os bolsonaristas, o PL fez parte da base de apoio do governo João Doria (PSDB), de quem Rodrigo era vice.
 
Dos sete deputados que apoiam Rodrigo, quatro fazem parte do PL original –  outros três vieram de PSD, PSB e DEM. Nenhum deles, portanto, integram a bancada bolsonarista que se abrigou no PL oriunda sobretudo do PSL (atual União Brasil).
 
Após o fechamento da janela partidária no sábado (2), o PL passou a ser a legenda de Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, e de outros bolsonaristas paulistas como Carla Zambelli e Gil Diniz.
 
Na chegada ao evento, Rodrigo declarou apenas estar feliz em receber os apoios e evitou falar sobre as eleições. “Eu vim na pessoa física”, disse ele, que assumiu o cargo de governador na semana passada.
 
O governador afirmou ainda que Edson Aparecido, ex-secretário municipal da Saúde em São Paulo, “é um grande nome para vice-governador”. A indicação de Aparecido, que trocou o PSDB pelo MDB, para a chapa foi adiantada pela coluna de Mônica Bergamo no jornal Folha de S. Paulo.
 
Apoiado pela máquina do governo, responsável por liberar verba para as prefeituras, Rodrigo é o nome preferido entre a maioria dos prefeitos de São Paulo.
 

O governador já havia provocado racha também no Podemos, que ensaia uma candidatura própria no estado – prefeitos e deputados do partido jantaram com o então vice para demonstrar apoio. Rodrigo espera ainda apoios dissidentes no Republicanos e no PP.


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