06/10/2021 às 16h26min - Atualizada em 06/10/2021 às 16h45min

Processo de alfabetização à luz da neurociência ganha espaço

Livro de Janaína Spolidorio, especialista em educação, revela o enigma da fase de alfabetização com base na neurogênese.

Antes da pandemia, crianças de 6 a 10 anos sem acesso à educação eram exceção no Brasil, apontou Florence Bauer, representante do UNICEF no Brasil. As mudanças acarretadas pela crise sanitária podem impactar o aprendizado de toda uma geração. “É urgente pensarmos principalmente o processo de alfabetização”, diz a consultora e especialista em Educação Janaína Spolidorio, que lançou recentemente o livro “Neurogênese da Alfabetização... e outras coisinhas mais”.

A cada ano, pesquisas apontam o potencial crescente da neurociência na educação. Um estudo realizado em 2020 na Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega (Norwegian University of Science and Technology- NTNU) trouxe resultados surpreendentes sobre os efeitos do uso da letra cursiva em conjunto com a alfabetização desde o início deste estímulo.

Com escolas fechadas em razão da pandemia em novembro de 2020, quase 1,5 milhão de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos não puderam frequentar a escola (remota ou presencialmente) e outros 3,7 milhões estavam matriculados, mas não tiveram acesso a atividades escolares e não conseguiram se manter aprendendo em casa, relevou o estudo “Cenário da Exclusão Escolar no Brasil – um alerta sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na Educação”, lançado em abril de 2021 pelo UNICEF, em parceria com o Cenpec Educação.

O livro “Neurogênese da Alfabetização... e outras coisinhas mais” pode ajudar a pensar soluções para questões atuais, como ciclos de alfabetização incompletos que acarretam reprovações e abandono escolar. A obra lançada em novembro de 2020 revela novos fatos científicos que explicam o funcionamento de nosso centro de comando biológico voltado para o conhecimento no processo de alfabetização.

A obra revela como potencializar o que foi ensinado até então e a compreender em quais situações se utiliza cada metodologia de ensino. A especialista se propõe a responder também sobre o grande enigma da fase da alfabetização: a leitura.

Em “Neurogênese da Alfabetização... e outras coisinhas mais”, perguntas como “Como a leitura acontece no cérebro? Como deve ser estimulada? Quais são as hipóteses pelas quais um leitor passa? ”são respondidas com base no uso da neurogênese no processo de alfabetização.

“A neurogênese é o processo de formação de novos neurônios. Como nosso cérebro tem a neuroplasticidade, ele está em processo constante de formação de neurogênese. Se o professor compreende o processo de aprendizagem a partir do cérebro, consegue criar neurogêneses mais qualificadas, que fazem mais conexões”, afirma a autora.

Empregada na alfabetização, a neuroeducação ajuda a compreender o processo que acontece dentro do cérebro da criança, portanto, os estímulos são mais pontuais e dão resultados mais profundos, levando em consideração o interno. “É a aprendizagem de dentro para fora e não de fora para dentro, como antes se fazia”, sinaliza Janaína Spolidorio. “Francisco Mora, renomado neurocientista espanhol, afirmou que atualmente é incompreensível dissociar educação de neurociência”, finaliza.

O livro “Neurogênese da Alfabetização… e outras coisinhas mais” (Editora Livro Novo) pode ser adquirido no site https://janainaspolidorio.com.br/. O investimento é de R$ 75,00.

Fonte:

https://www.unicef.org/brazil/comunicados-de-imprensa/criancas-de-6-10-anos-sao-mais-afetadas-pela-exclusao-escolar-na-pandemia


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