05/07/2021 às 10h25min - Atualizada em 05/07/2021 às 10h25min

UOL implode Bolsonaro e mostra seu envolvimento direto com a corrupção das rachadinhas (aúdio)

Acusação reforça que, além de genocida, Bolsonaro também é corrupto há vários anos, como foi apontado pela população nos protestos de 3 de julho. Sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Portal UOL, atinge em cheio Jair Bolsonaro.

Portal UOL

Ex-cunhada de Jair Bolsonaro (Sem Partido), a fisiculturista Andrea Siqueira Valle afirmou que ele demitiu um irmão dela, André Siqueira Valle, por ter se recusado a entregar a maior parte do salário de assessor do então deputado federal.

Foi o que apontou uma sequência de reportagens da jornalista Juliana Dal Piva, do Portal UOL, que obteve vários áudios: na primeira, aparece a gravação da ex-cunhada; na segunda, mostra-se que um coronel do Exército, Guilherme dos Santos Hudson, ao lado do ex-PM Fabrício Queiroz, recolhia os salários dos servidores; na terceira, a mulher de Queiroz, Márcia Aguiar, chama Jair Bolsonaro de “01”, indicando-o como chefe do esquema de roubo do dinheiros dos funcionários dos gabinetes do clã.

É o primeiro indício de envolvimento direto de Bolsonaro no esquema de rachadinha que acontecia dentro do gabinete dele quando era deputado federal. Ele ocupou o mandato de parlamentar na Câmara entre os anos de 1991 e 2018.

De acordo com Andrea, Bolsonaro retirou de um familiar dela do esquema por não entregar o valor combinado – quase 90% do salário. Ela foi a primeira dos 18 parentes da segunda mulher dele que foram nomeados em um dos três gabinetes do clã presidencial (Jair, Carlos e Flávio) no período de 1998 a 2018.

Andrea admitiu o esquema de devolução de salários tanto do irmão como dela mais de uma vez entre 2018 e 2019. Em outubro de 2018, ela disse que estava preocupada com seu futuro, pois recebia uma mesada como funcionária fantasma no gabinete de Flávio Bolsonaro e não sabia como ficaria a situação depois daquela eleição. Ela havia sido exonerada em 16 de agosto daquele ano.

Depois Andrea disse que tentou conversar sobre a situação com a irmã, Ana Cristina, e com um tio, o coronel do Exército Guilherme dos Santos Hudson, ex-colega de Bolsonaro na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN). A fisiculturista afirmou que ninguém quis atendê-la no gabinete de Flávio.

“Porque assim, eu procurei a Cristina, o tio, liguei para o gabinete do Flávio para saber o que tinha que fazer, fiquei com medo de complicar as coisas para eles, ainda pensei neles”, afirmou Andrea, nas gravações. “Na hora que eu estava aí fornecendo também e ele estava me ajudando porque eu ficava com mil e pouco e ele ficava com sete mil reais, então assim, certo ou errado agora já foi, não tem jeito de voltar atrás”.


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