Quando assumiu a presidência dos Estados Unidos, em 20 de janeiro deste ano, Joe Biden tinha uma meta ambiciosa: aplicar 100 milhões de doses de vacinas contra a Covid-19 nos primeiros 100 dias de mandato.
Para isso, seria necessário vacinar 1 milhão de pessoas por dia até 30 de abril, muito acima do ritmo de vacinação que ocorria até então.
Nesta sexta-feira (19), porém, a meta foi inclusive ultrapassada, com 58 dias de mandato, ou seis semanas antes do previsto. De acordo com o Centro para Prevenção e Controle de Doenças (CDC), o país chegou a 115.730.008 de doses aplicadas.
Atualmente aplicando 2,5 milhões de doses diárias, Biden agora já cogita dobrar o objetivo e falou em chegar às 200 milhões em seu 100° dia de mandato. “Podemos conseguir dobrar”, disse ele a repórteres antes de deixar a Casa Branca para viajar à Atlanta.
Oficialmente, porém, ele deve estabelecer um novo objetivo oficial na próxima semana.
Segundo a agência Associated Press, o país está a caminho de ter o suficiente das três vacinas atualmente autorizadas para cobrir toda sua população adulta em apenas 10 semanas a partir de agora.
Ainda de acordo com o CDC, 75.495.716 pessoas já receberam ao menos uma dose de alguma das vacinas, e 40.981.464 foram completamente imunizados com as duas doses.
Os EUA iniciaram sua campanha de vacinação no dia 14 de dezembro e aplicaram 16,53 milhões de doses até a posse de Biden, o que dava uma média de 435 mil vacinas administradas por dia.
O próprio Biden, que tem 78 anos, foi vacinado antes mesmo de assumir o cargo para incentivar a vacinação. O democrata tomou a primeira dose da vacina da Pfizer em 21 de dezembro e a segunda, em 11 de janeiro.
Em meio à aceleração da vacinação no país, os EUA têm visto seu número de casos e mortes caírem desde janeiro.
O número de novos infectados por dia despencou do recorde de 300 mil, em 2 de janeiro, para cerca de 50 mil atualmente. O de óbitos caiu de 4.470 em 12 de janeiro para uma média de 1,2 mil nesta semana.
Com as reduções, os EUA foram ultrapassados pelo Brasil e deixaram de ser o país com mais mortes e casos por dia no mundo no dia 5 de março.