21/11/2020 às 15h21min - Atualizada em 21/11/2020 às 15h21min

Após assassinato de Beto Freitas, juíza relata caso de tortura e estupro em loja do Carrefour no Rio de Janeiro

A juíza relata que, desde a audiência, que aconteceu entre 2017 e 2018, não conseguiu mais entrar em uma loja do Carrefour.

Com a repercussão do assassinato de João Alberto por seguranças de uma unidade do Carrefour em Porto Alegre - RS, uma juíza foi às redes sociais na sexta-feira (20) relatar um outro caso de violência em uma loja da mesma rede no Rio de Janeiro - RJ, as informações são da Revista Fórum.

De acordo com Cristiana F. Cordeiro, atualmente Titular da Vara Criminal de Mesquita, na Baixada Fluminense, uma mulher negra, lésbica e dependente química foi torturada e estuprada após supostamente ter furtado alguns alimentos do supermercado.

“Uma mulher, negra, lésbica, pobre, dependente química, foi presa por supostamente furtar comida numa filial do Carrefour, no Rio. Ao chegar à audiência de custódia (que, na época, era realizada no prédio do Tribunal, no centro da cidade), vi que o médico que a examinou descreveu que ela estava com um curativo no ânus. Ela dizia que havia se machucado ao evacuar, algo assim. Só que a história real não era essa”, relatou.

Segundo a juíza, a vítima não queria revelar na audiência o motivo de estar ferida, mas foi convencida por sua companheira a compartilhar as violências que sofreu.

“Enfim ela contou que foi flagrada furtando (uma relação de alimentos bem mais módica do que aquela apresentada na nota fiscal pelo mercado). Não era a primeira vez. Mas naquele dia, algo diferente e terrível aconteceu”, conta Cristiane.

“Ela foi levada para uma salinha onde foi brutalmente espancada com um pedaço de madeira, inclusive. Não teve coragem de nos contar o mais cruel, e só falou para a psicóloga que a atendeu antes de ser liberada: foi sodomizada, estuprada, como ‘lição e castigo’”, completa.

A juíza relata que, desde a audiência, que aconteceu entre 2017 e 2018, não conseguiu mais entrar em uma loja do Carrefour.

“Depois disso, vieram todas as demais histórias que todos sabem. Essa mulher foi atendida pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que processou o Carrefour”, afirma.


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