O senador Flávio Bolsonaro (Republicanos), filho de Jair Bolsonaro (Sem Partido), foi denunciado por peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi oferecida pelo Ministério Público (MP) em função do chamado Caso Queiroz, como ficou conhecido o processo pelas “rachadinhas”.
Flávio Bolsonaro e o seu ex-assessor Fabrício Queiroz são suspeitos de comandarem um esquema de repasses ilegais de salários de funcionários do gabinete do filho do presidente da República, quando ele era deputado estadual da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Além de Flávio, Fabrício Queiroz, apontado como operador do esquema, e outras 15 pessoas também foram denunciados pela prática dos crimes de organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro e apropriação indébita, ocorridos entre os anos de 2007 e 2018. Se a Justiça aceitar a denúncia do MP, o filho de Bolsonaro e seus ex-assessores virarão réus.
Flávio Bolsonaro é investigado pelo MP por suspeita de atos ilícitos desde julho de 2018. A investigação começou a partir de um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).
O trabalho identificou “movimentações financeiras atípicas” de 75 assessores ou ex-assessores de deputados estaduais do Rio. Fabrício Queiroz, assessor de Flávio quando o filho de Bolsonaro era deputado estadual, foi um dos citados. Ele movimentou R$ 1,2 milhão entre janeiro de 2016 e janeiro de 2017. A quantia era incompatível com a renda dele.
O MP diz que Queiroz operava, a mando de Flávio, um esquema de “rachadinha”. Ou seja, ele recolheria a maior parte dos salários dos colegas de gabinete, para repassá-lo ao filho do presidente.
