A Confederação Nacional da Indústria (CNI) afirma que o corte abrupto médio de 50% nas tarifas de importação, reduziria o Produto Interno Bruto (PIB) de pelo menos 10 dos 23 setores industriais até 2022 - indica reportagem dos jornalistas Fábio Pupo e Julio Wiziack no jornal Folha de S. Paulo.
Esse corte de tarifas está em estudo no governo Bolsonaro e faz parte de um conjunto de medidas de sua equipe econômica a cargo do ministro Paulo Guedes.
Para a entidade, que encomendou um estudo à Universidade de Victoria, Austrália, a medida vai prejudicar a retomada do crescimento e manter em níveis altos o desemprego.
O governo Bolsonaro já propôs aos parceiros do Mercosul um corte acima de 50% do imposto de importação cobrado sobre bens que entram nos territórios de Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.
A CNI tem demonstrado sua insatisfação com a medida e reclama que o governo não consultou o setor privado sobre o assunto.
A reportagem informa que outras entidades manifestaram preocupação com a proposta, como a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) e a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).