28/10/2020 às 10h08min - Atualizada em 28/10/2020 às 10h08min

Partido de Russomanno é suspeito de lotear cargos na Universal e ter elo com PCC

Prefeituras da região metropolitana de São Paulo chegaram a conceder a prestação de serviços para empresas ligadas ao PCC, segundo investigações da Polícia Civil.

O Republicanos , partido ao qual o candidato à prefeitura de São Paulo - SP Celso Russomano é filiado, assim como Flávio e Carlos Bolsonaro, é suspeito de irregularidades em prefeituras e no Legislativo. As acusações vão desde ligação de filiados com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC), até o loteamento de cargos públicos para lideranças da Igreja Universal - que já é um braço do partido -, incluindo ainda fraudes de servidores no horário do expediente.

As informações são do jornal Folha de S.Paulo . O próprio Celso Russomanno, que critica a gestão do PSDB, teve cargos na prefeitura. Ele chegou a ocupar a Secretaria Municipal de Habitação, o Serviço Funerário e a Subprefeitura do Itaim Paulista, os três com problemas administrativos.

A Secretaria de Habitação, com orçamento de R$ 451 milhões em 2020, também foi chefiada por Aloísio Pinheiro, ligado à Igreja Universal, que utilizava os recursos da pasta para realizar obras com a contração de militantes, fiéis e pastores da igreja . O Republicanos nega influência na indicação dos nomes para contratação.

No Legislativo, diversos assessores em gabinetes de políticos do Republicanos usavam o período em que deveriam estar trabalhando no serviço público - e recebendo para isso - para atuar na igreja ou em braços políticos do partido, conforme investigação do jornal .

O último ponto é o envolvimento com o PCC . Essa relação se desenvolveu entre membros do partido que comandam algumas prefeituras da região metropolitana de São Paulo e os integrante da facção. Até mesmo um sócio de André do Rap teria envolvimento. Segundo a Polícia Civil, a facção atua na cidade de Arujá - SP por meio de indicações políticas e contratos com a prefeitura.

Segundo o jornal o vice-prefeito de Arujá, Márcio Oliveira, que foi preso, teria feito uma aliança com o traficante Anderson Pereira Lacerda, conhecido como Gordo, próximo de integrantes do PCC, em busca de recursos para a campanha do prefeito José Luiz Monteiro (MDB). A facção teria recebido o direito de atuar na área da coleta de lixo e saúde.


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