Nesta terça-feira (27), o líder sindical Andrónico Rodríguez, que recentemente foi eleito senador pelo Movimento Ao Socialismo (MAS), mesmo partido de Arce e de Morales e vencedor das eleições, informou que Evo Morales voltará à Bolívia no dia 9 de novembro, véspera do aniversário do golpe que o tirou do poder.
A notícia vem dias depois do presidente do Tribunal de Justiça Departamental de La Paz (TDJ), Jorge Quino, anular o mandado de prisão contra o ex-presidente, que era acusado de terrorismo e sedição pelo governo golpista.
Durante o governo interino de Áñez, Evo Morales foi alvo de várias denúncias na justiça. Grande parte desses processos foi arquivada, mas serviram para impedir sua candidatura ao Senado, que acabou sendo substituída justamente pela de Andrónico Rodríguez, jovem líder indígena que foi eleito pela primeira vez à Câmara Alta.
O retorno de Evo Morales à Bolívia acontece um dia depois da cerimônia de posse de Luis Arce como presidente do país, terminando com a ditadura de Jeanine Áñez, imposta no poder pelas Forças Armadas no dia 12 de novembro de 2019.
Após ser derrubado, Evo Morales foi obrigado a deixar o país, passando um mês no México e depois viajou à Argentina, onde recebeu asilo político do presidente Alberto Fernández.