Um depósito de R$ 2 milhões feito pelo diretório nacional do PSL diretamente na conta de um candidato a vereador na capital abriu uma crise entre a candidata à Prefeitura Joice Hasselmann e a cúpula do partido. O dinheiro é oriundo do Fundo Especial de Financiamento de Campanha e faz parte da cota total destinada ao PSL: R$ 199,4 milhões.
O valor foi destinado ao candidato Abou Anni Filho, que é filho do deputado federal Paulo Sérgio Abou Anni (PSL). A chapa de candidatos a vereador do PSL na capital tem 83 postulantes. “Houve reclamação dos vereadores pela distorção e o diretório nacional vai reverter esse depósito”, disse ao jornal O Estado de S. Paulo o deputado Junior Bozzella, presidente do PSL paulista.
Segundo dirigentes do PSL no Estado, a campanha de Joice na capital receberá R$ 5 milhões, mas até o momento apenas R$ 1 milhão caiu na conta do partido. No domingo, os candidatos a vereador da legenda chegaram a articular uma renúncia coletiva em grupos de WhatsApp, mas o movimento foi contido por Joice. A candidata passou então a pressionar a Executiva Nacional.
De acordo com petição entregue pelo PSL ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a Direção Nacional (presidida pelo deputado Luciano Bivar) decide como alocar 50% do dinheiro que o partido receberá do fundo eleitoral, ou R$ 99.721.209,90.
Os outros 50% serão distribuídos entre os diretórios estaduais, sendo que 20% vão ser divididos igualitariamente e os 30% restantes serão rateados seguindo o desempenho de cada Estado na eleição de deputados federais em 2018.
O PSL tem 5.000 candidatos a vereador no Estado de São Paulo e 300 a prefeito.