Economistas apontam que o Chile está com fundamentos econômicos melhores que o Brasil e que, por isso, é muito difícil que não ocorra uma convulsão social no Brasil como a que está ocorrendo no Chile. Paulo Feldman, economista da Universidade de São Paulo (USP), afirma que a distribuição de renda no Chile é tão gritante como no Brasil.
A reportagem do Portal UOL traz alguns dados comparativos.
Compare indicadores de Chile e Brasil:
A matéria ainda destaca que “para Feldmann, o Brasil precisa ficar atento ao que aconteceu no Chile. ‘O Chile foi o primeiro país da América Latina a entrar de cabeça na política neoliberal, quando o governo acredita que o mercado resolve tudo. E a verdade é que muitas vezes o governo precisa planejar a economia’”.
A reportagem ainda informa que “para o economista e professor da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Carlos Eduardo Carvalho, um dos principais sintomas dessa desigualdade no Chile é o sistema de aposentadoria. A questão da previdência é gravíssima”, declarou.
O sistema de previdência, que era público, mudou nos anos 1980. Cada trabalhador teve que assumir a própria poupança para o futuro. Sem nenhum centavo do governo nem das empresas, as pessoas tiveram que passar a reservar de 10% a 15% da renda para a aposentadoria, colocando o dinheiro em empresas privadas, para investir no mercado financeiro.