De acordo com a presidente da AMIF, Adriana Maugeri, com o auxílio da ciência as árvores cultivadas pelo setor são melhoradas, de modo que possam se adaptar aos mais diversificados climas, solos e as principais condições físicas e biológicas, produzindo madeira de qualidade e de forma renovável. A madeira produzida abastece o mercado de painéis, pisos laminados, carvão vegetal, lápis, celulose, madeira tratada, serrada, entre outros produtos madeireiros, gerando emprego e renda para os produtores florestais. “Esta relação entre árvores plantadas e as nativas é extremamente benéfica, não só para o meio ambiente, mas também para o bolso, especialmente das pessoas diretamente envolvidas na atividade. Além de multiplicar os benefícios ambientais como: conservação de solos, proteção de recursos hídricos, absorção de carbono da atmosfera, melhorias do microclima, esta simbiose ainda melhora a produtividade dos plantios florestais, oferecendo madeira em melhor qualidade e maior quantidade ao mercado, gerando relevante renda aos produtores florestais”, explica Maugeri.
Apesar de representarem pouco menos de 1% do território nacional, as florestas plantadas são responsáveis por mais de 90% de toda a madeira produzida no Brasil para fins industriais, segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá). A empresas instaladas em Minas Gerais fornecem madeira para outros estados, e grande parte destas florestas também possuem certificações nacionais e internacionais, como o FSC - Forest Stewardship Council, que atesta a sustentabilidade do manejo e origem da madeira através da exigência de parâmetros rigorosos.
Campanha de prevenção e combate a incêndios florestais
Em Minas Gerais, uma das mais claras ameaças às árvores, sejam plantadas ou nativas, são os incêndios florestais, causados, em sua maioria, pelo próprio homem. “A AMIF tem desempenhado importante papel na preservação das florestas e da biodiversidade, desenvolvendo ações de prevenção e combate a incêndios florestais, pautadas na conscientização da população, especialmente voltada para comunidades estabelecidas nos entornos dessas florestas”, salienta Maugeri. Ainda de acordo com a Adriana, os incêndios florestais provocam danos irreversíveis, tais como: perda de vidas (humanas e dos animais), moradias, empobrecimento de solo, alteração climática, doenças respiratórias, perda de água, entre outros desastres. “Por isso a importância de mobilizar esforços, despertar a consciência das pessoas e atuar junto aos órgãos ambientais para reverter esta triste realidade mineira”. Não podemos mais conviver pacificamente com a destruição causada pelos incêndios, completa.