Um levantamento realizado pela Revista Época, publicado nesta sexta-feira (11), aponta que ao menos 39 funcionários que já passaram por gabinetes da família Bolsonaro possuem indícios de que não trabalharam de fato nos cargos. Juntos, eles receberam um total de 16,7 milhões em salários brutos, o que equivale a R$ 29,5 milhões em valores corrigidos pela inflação.
O levantamento também aponta que, do total pago aos 286 funcionários já contratados pelo presidente e seus três filhos mais velhos entre 1991 e 2019, 28% foi depositado na conta de servidores com indícios de serem fantasmas. Como já foi revelado pela imprensa, parte desses funcionários tinham outras profissões como cabeleireira, veterinário, babá e personal trainer.
Flávio Bolsonaro (Republicanos) foi o que mais empregou funcionários fantasmas. No grupo de pessoas que constaram como assessores, mas possuem indícios de que não atuavam nos cargos, 17 foram contratadas exclusivamente no gabinete do atual senador. Outros dez no de Carlos e três no de Bolsonaro.
Marcia Aguiar, esposa de Fabrício Queiroz, e Nathália Queiroz são dois exemplos de funcionárias fantasmas que hoje estão no centro das investigações contra Flávio. Cada uma das duas recebeu ao longo de uma década um total de R$ 1,3 milhão atualizados pela inflação, mas nunca tiveram crachá na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).