O estudo foi apresentado no mesmo dia em que o governo Jair Bolsonaro entregou ao Congresso a sua proposta de reforma administrativa, que não inclui os militares. O setor segue regras próprias e, como na reforma da Previdência, foi poupado de qualquer redução nos ganhos e benefícios. Pelo contrário, projeto separado aumentou o pagamento dos militares com reajuste nos chamados “penduricalhos”.
O estudo da IFI soma o pagamento de pensões por morte. Sem considerar esse dado, o Brasil ficaria em nono lugar, na comparação com os membros da Otan. Além do Brasil, entre os dez primeiros só há países da Europa.
Entre os principais integrantes estão Reino Unido, Alemanha, França, Canadá e Estados Unidos, maior potência bélica da aliança. O Brasil não é integrante, mas adota padrões do bloco para planejamento militar. No governo Bolsonaro, o país passou a ser aliado preferencial dos EUA entre os países fora da Otan.
Em projeção, com base em estimativas de gastos dos países da Otan com pessoal no ano passado, a IFI posiciona o Brasil em segundo lugar, atrás da Grécia (77%) e à frente da Croácia (73%).
Em 2019, despesas de pessoal do Ministério da Defesa somaram R$ 76,1 bilhões, enquanto as despesas de capital (relacionadas à compra de equipamentos) foram de R$ 12,8 bilhões.