05/07/2024 às 16h35min - Atualizada em 05/07/2024 às 16h35min

“A educação é a arma mais importante para colocar o Brasil no patamar mais elevado de competitividade”, diz Lula

Presidente participou da cerimônia de inauguração das novas instalações da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Redação
Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República – Presidente Lula durante visita às novas instalações da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Unifesp, em Osasco – SP
“A educação é a arma mais importante para colocar o Brasil no patamar mais elevado de competitividade. Nós queremos nos transformar num país exportador de inteligência. Esse país tem que mudar se a gente quiser ser um país respeitado no mundo. E é por isso que a educação é investimento”.
 
Com essas frases, ditas nesta sexta-feira (5) durante cerimônia de inauguração das novas instalações da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios do Campus Osasco da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou a importância crucial que a educação tem para o futuro do país.
 
Para Lula, é preciso que o Governo Federal crie cada vez mais condições para que todos os brasileiros, independentemente de sua posição social, tenham acesso à universidade.
 
“Eu carrego dentro de mim uma obsessão de que o filho do povo trabalhador tem que ter o mesmo direito de todo e qualquer cidadão de estudar na universidade. Nós queremos é que uma filha de uma empregada doméstica possa ser médica, possa ser dentista, possa ser engenheira. Nós queremos garantir a todos a mesma oportunidade”.
 
O espaço inaugurado hoje na Unifesp em Osasco, onde foram investidos R$ 102 milhões ao todo, atenderá 1,4 mil alunos, 55 técnicos e 150 docentes com salas de aulas, auditórios, restaurante universitário, laboratórios, entre outras estruturas acadêmicas e estudantis. Seis cursos serão ministrados no campus – administração, ciências atuariais, direito, ciências contábeis, ciências econômicas e relações internacionais –, além do chamado “eixo comum, com disciplinas que atendem a todos os cursos. O início das aulas está previsto para a primeira semana de agosto.
 
A obra do Campus Osasco integra uma série de investimentos para consolidação da Unifesp. Só na instituição, serão R$ 143,6 milhões via Novo PAC. Além das novas instalações do Campus Osasco, o montante inclui aportes para implantar o Campus Zona Leste, o Hospital Universitário na Zona Sul de São Paulo, o Complexo Esportivo para o curso de Educação Física no Campus Baixada Santista junho – entre outras obras.
 
“Nós vamos investir na formação de meninas e meninos desse país. Nós queremos os mais pobres, nós queremos a classe média, queremos os mais ricos sendo tratados em igualdade de condições. Todo mundo partirá do mesmo lugar”, afirmou o presidente.
 
O evento contou com a participação dos ministros Camilo Santana (Educação), Fernando Hadad (Fazenda) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais); do prefeito de Osasco, Rogério Lins, e outros prefeitos da região; parlamentares, estudantes e professores da Unifesp, entre outras autoridades.
 

Retomada das Obras
Camilo Santana lembrou aos presentes a realidade da educação brasileira em janeiro de 2023, quando assumiu o Ministério da Educação e se deparou com quase seis mil obras sem conclusão. Ele ressaltou que o desafio é concluir todas elas, sem que qualquer tipo de distinção partidária influencie no processo.
 
“Vocês sabem quantas obras de educação básica nós encontramos paralisadas e inacabadas? 5.800 creches, escolas... Estamos retomando todas. É uma determinação do presidente concluir todas as obras da educação pública, seja universidade, seja escola, seja de creche, nesse país. Independentemente de quem seja o prefeito. Independente do partido do prefeito. Porque o que está em jogo são os alunos, são as crianças desse país”, afirmou o ministro.
 
“O papel do MEC é olhar da creche à pós-graduação. É o olhar sistêmico da educação. Um país que não investe em educação está fadado ao insucesso. Não se reconstrói um país se não for através da educação”, frisou Camilo Santana.
 
Expansão
O ministro Fernando Haddad destacou que a inauguração desta sexta-feira na Unifesp é parte de um processo dinâmico, que não se encerra com as instalações que foram entregues. “A universidade não é um prédio. Uma universidade é uma obra que não tem fim. Até hoje a Universidade de São Paulo, que foi lançada em 1934, está inaugurando novos prédios. Isso aqui não tem fim. Isso aqui é um começo. E é prédio, é instalação, é laboratório, é biblioteca, é moradia estudantil, é contratação de professor, de técnico, é vestibular, é Sisu, é Enem... É assim que a coisa vem andando”, afirmou o ministro da Fazenda.
 
“A Unifesp era conhecida não pelo nome de universidade. Quem é de São Paulo sabe. Era a Escola Paulista de Medicina. Era assim que a Unifesp era conhecida. Mesmo depois que ela virou universidade, ninguém chamava pelo nome de universidade. E hoje nós estamos aqui numa universidade pública. Nós estamos numa universidade que cresceu e que vai continuar crescendo. Expandiu e vai continuar expandindo”, prosseguiu Haddad.
 
Para Alexandre Padilha, a inauguração das novas instalações da Unifesp ressalta o importante crescimento que a cidade de Osasco experimentou nas últimas décadas. “Isso é um reconhecimento que Osasco subiu de patamar. Osasco hoje está entre as dez maiores economias do Brasil. Ter uma nova Universidade Federal, formando profissionais de ensino superior, pesquisa, tecnologia, reforça esse salto. E um novo Instituto Federal também. Isso reforça o compromisso do Presidente Lula com o estado de São Paulo. No estado de São Paulo já são mais de 180 bilhões de reais de investimentos do Governo Federal, independente do partido do governador”, reforçou o ministro das Relações Institucionais.
 
Investimento
Alinhada à ideia do Governo Federal, a reitora da Universidade Federal de São Paulo, Raiane Assunção, declarou que todos os recursos aplicados na Unifesp representam um importante investimento para a cidade e o Brasil.
 
“Esse prédio tem mais de 22 mil metros quadrados. Foram empenhados mais de 115 milhões de reais. É a demonstração de que a educação não é gasto, é investimento. A partir de hoje, a Escola Paulista de Política, Economia e Negócios da Unifesp passa a funcionar integralmente nesse prédio, ofertando cursos de graduação em administração, ciências contábeis, ciências atuariais, ciências econômicas, direito, relações internacionais, mestrado em economia e o recém-aprovado mestrado profissional em administração pública ofertado em rede. Com esse prédio, o Campus Osasco tem possibilidade de ofertar mais vagas e mais cursos”, detalhou a reitora.
 
“Temos a certeza de que a nossa capacidade de produzir conhecimento, formar pessoas, impactar socioeconomicamente, devolverá muito mais do que foi investido, tanto para este local como para todo o nosso país”, continuou a reitora.
 
Já o prefeito de Osasco ressaltou o espírito de união entre a cidade e o Governo Federal em torno do fortalecimento da educação no município. “Não se faz uma nação melhor sem educação. Entregando um grande equipamento desse, com bastante infraestrutura, vamos dar oportunidade para muitos jovens. Aqui não tem divisão. Nosso partido aqui chama-se educação. Nós estamos todos juntos no mesmo propósito. Nós estamos no mesmo time. A gente tem que agradecer ao Governo Federal. Osasco foi contemplado com importantes projetos do PAC que vão melhorar a vida da nossa população”, afirmou Rogério Lins.
 
Inclusão
Muito emocionada, a estudante de direito da Unifesp Jamile Fernandes falou em nome dos estudantes da universidade e reforçou a importância do processo de inclusão dos mais humildes nas universidades. “Além de estudante, sou um corpo político, mulher negra periférica, e estou aqui representando os discentes da Escola Paulista de Política, Economia e Negócios. As melhorias físicas em nosso dia-a-dia universitário têm significado simbólico. Há efetivação de um projeto que visa sustentar e valorizar uma educação pública de qualidade. Mas, para além de um campus, a universidade se faz com pessoas, com inclusão e diversidade, bem como a concretização de políticas públicas de permanência”, declarou Jamile.
 
Obra
Em 2023, o ministro Camilo Santana visitou a obra do novo campus, que recebeu R$ 6 milhões de recursos do Novo PAC no mesmo ano. A construção teve início no segundo semestre de 2016 e, desde então, passou por diversas dificuldades, como a redução de orçamento de investimento das universidades em governos passados. Isso fez com que o ritmo da obra fosse drasticamente diminuído.
 
40 Municípios
No estado de São Paulo, o Governo Federal está investindo R$ 939 milhões, via Novo PAC, para consolidar e expandir instituições federais em 40 municípios. Para as universidades, serão R$ 497,9 milhões e, para os institutos federais, R$ 441,2 milhões. Os recursos contemplam construção de hospitais universitários, novos campi de universidades e institutos, bem como a consolidação das instituições federais existentes.
 
Em Todo o País
No dia 10 de junho, o Governo Federal anunciou o investimento de R$ 5,5 bilhões para consolidar e expandir universidades e hospitais universitários federais. Os recursos são destinados à criação de dez novos campi universitários, espalhados pelas cinco regiões do país, e para melhorias na infraestrutura de todas as 69 universidades federais. Além disso, será repassado R$ 1,75 bilhão para obras em 31 hospitais universitários da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), sendo oito novos.
 
Institutos
Com objetivo de ampliar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica, o Governo Federal está criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. Em março foi anunciada a criação de 100 novos campi dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia. A iniciativa contempla todas as unidades da Federação, gera 140 mil novas vagas, majoritariamente em cursos técnicos integrados ao ensino médio. Serão R$ 2,5 bilhões para construção dos novos campi e R$ 1,4 bilhão na consolidação de institutos federais existentes, com foco na construção de restaurantes estudantis, bibliotecas e ampliação de salas de aula.
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