19/04/2024 às 19h20min - Atualizada em 19/04/2024 às 19h20min

Bolsa Família reduz desigualdades no Brasil, aponta PNAD Contínua do IBGE

Proporção de domicílios com pelo menos um beneficiário do programa chegou ao maior patamar da série histórica, com 19%.

Redação
Assessoria de Comunicação - MDS
Foto: Lyon Santos/Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS)
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, coordenada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou, em estudo especial divulgado nesta sexta-feira (19), que o Programa Bolsa Família reduz as desigualdades socioeconômicas no Brasil. De acordo com a pesquisa, um em cada cinco lares recebeu o benefício em 2023.
 
No último ano, quando a nova versão do programa foi implementada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em março, com a coordenação do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS), a proporção de domicílios com pelo menos um beneficiário do Bolsa Família chegou ao maior patamar da série histórica, com 19%. Os maiores percentuais estavam concentrados nas regiões Norte, com 31,7%, e Nordeste, em 35,5% dos lares.
 
A evolução das rendas deu suporte para a redução das desigualdades, principalmente nas regiões Norte e Nordeste. O índice de Gini, que mede a concentração da distribuição de renda em uma população, com variação entre zero e 1 – sendo quanto mais perto de zero, menor é a desigualdade – teve quedas mais expressivas nas duas regiões. O índice de Gini do rendimento mensal real domiciliar per capita no país manteve-se em 0,518, o menor da série histórica. O Gini mais alto da série (0,545) ocorreu em 2018.
 
O estudo apura informações relacionadas ao rendimento recebido pela população, como trabalho, pensões, aposentadorias e outros. A categoria de fontes de renda que inclui o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), além do Seguro Desemprego, do Seguro Defeso e de bolsas de estudo, chegou a R$ 947 de rendimentos, o maior valor da série histórica, iniciada em 2012.
 
“A pesquisa do IBGE revela o impacto fundamental do Programa Bolsa Família para o nosso Brasil. Mostra que estamos cuidando do nosso povo, dando oportunidades, melhorando a vida das pessoas. É esse o objetivo do governo do presidente Lula e vamos seguir avançando, vamos tirar o Brasil do Mapa da Fome e vamos continuar reduzindo as desigualdades do nosso país”, comemorou o ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias.
 
Com a melhora do mercado de trabalho e o aumento do número de beneficiários de programas sociais no ano passado, a massa de rendimento mensal domiciliar per capita chegou a R$ 398,3 bilhões, outro recorde registrado pela PNAD Contínua.
 
Na comparação com 2022, o aumento foi de 12,2%, ao passo que em relação a 2019 (R$ 365,2 bilhões), ano que até então marcava o maior valor da série histórica, a expansão foi de 9,1%.
 
O levantamento mostra ainda que entre 2019 e 2023, o rendimento per capita do grupo de domicílios que recebia o Bolsa Família cresceu 42,4% (de R$ 446 para R$ 635), enquanto entre aqueles que não recebiam, a variação foi de 8,6% (de R$ 2.051 para R$ 2.227).
 
De acordo com o pesquisador Gustavo Geaquinto, o crescimento está relacionado, sobretudo, ao principal programa de transferência de renda do país.
 
“O valor médio do benefício pago pelo Bolsa Família voltou a crescer em 2023. Isso refletiu no valor médio dos outros rendimentos, principalmente pelo fato de que o rendimento proveniente do Bolsa Família é o de maior peso na rubrica outros rendimentos”, pontuou.
 
Cesta de benefícios
Ao resgatar o Bolsa Família, em março de 2023, o Governo Federal passou a garantir o repasse de, no mínimo, R$ 600 por família inscrita e adotou uma nova cesta de benefícios que entrega valores complementares, conforme a composição da família. São eles:
  • Benefício Primeira Infância: no valor de R$ 150 por criança de até seis anos;
  • Benefício Variável Familiar: valor de R$ 50 pago por gestante, criança e adolescente entre sete e 18 anos incompletos;
  • Benefício Variável Familiar Nutrizes: seis parcelas no valor de R$ 50, cada uma, destinadas às responsáveis por recém-nascidos de até seis meses;
  • Benefício de Renda de Cidadania: pago para todos os integrantes da família, no valor de R$ 142 por pessoa;
  • Benefício Complementar: pago às famílias beneficiárias nos casos em que o Benefício de Renda de Cidadania não seja o suficiente para alcançar o valor mínimo de R$ 600 por família. O complemento é calculado para garantir que nenhuma família receba menos de R$ 600.

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