12/04/2024 às 17h51min - Atualizada em 12/04/2024 às 17h51min

Lula celebra abertura de mercados ao Brasil como um dos resultados do retorno do país ao cenário internacional

Em Campo Grande – MS, presidente acompanha envio do primeiro lote de proteína animal a ser exportado à China a partir de plantas industriais recém-habilitadas pelo país asiático. Nos últimos 15 meses, Brasil abriu 105 novos mercados em 50 países.

Redação
Agência Gov
Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República – Presidente com funcionários da empresa que foi recentemente aprovada para enviar proteína animal para a China
Ampliação das exportações e dos mercados externos para o Brasil. Oportunidade de crescimento econômico com o diálogo internacional. Horizonte de geração de empregos e de melhoria de renda para a população. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou nesta sexta-feira (12) uma planta frigorífica em Campo Grande – MS que vai realizar o envio do primeiro lote de proteína animal à China a partir de unidades recém-habilitadas no Brasil pelo país asiático. O presidente visitou a linha de produção, conversou com funcionários e conheceu as instalações do frigorífico. A carne será despachada a partir de uma fábrica do grupo JBS, empresa líder global na produção de alimentos à base de proteína.
 
A China habilitou, em 12 de março, 38 novas unidades de produção para receber carne importada do Brasil, o que fez com que o número de plantas saltasse de 106 para 144. Foram habilitadas 24 novas plantas de processamento de bovinos, oito de frangos, um estabelecimento de termoprocessamento de bovinos e cinco entrepostos. Somadas, elas vão gerar um aporte de R$ 10 bilhões na balança comercial brasileira nos próximos 12 meses, a maior quantidade de exportações ao país asiático em toda a história brasileira.
 
Lula ressaltou a importância do diálogo diplomático para impulsionar a economia e abrir horizontes para o comércio exterior brasileiro. “No ano passado, fiz uma viagem à China e foi extraordinário. Vamos receber agora o presidente da China, Xi Jinping, em novembro, no Brasil, e já está acertado que ele vem em uma viagem de chefe de Estado para participar do G20”, antecipou.
 
“Depois da China, fiz em um ano uma reunião com todos os presidentes da União Europeia e todos os presidentes da América Latina. São 66 presidentes. Depois, fiz uma reunião do G20 na África do Sul e uma dos BRICS. Depois, uma reunião com todos os países do Caricom, os países do Caribe. Em quatro reuniões, me reuni com mais de 110 presidentes de todo o mundo. Isso é importante porque, quando volto, digo aos meus ministros: coloquem o que o Brasil tem para vender embaixo do braço e viaje o mundo para vender os produtos brasileiros”, completou.
 

105 Mercados
A abertura de novos mercados no comércio internacional e a ampliação dos já existentes tem sido uma das características da gestão do Governo Federal desde o início de 2023. Nos últimos 15 meses, o Brasil celebrou a abertura de 105 novos mercados, em 50 países, mais que o dobro do registrado no mesmo período da gestão anterior, quando 50 mercados foram abertos em 24 países
 
“Em política internacional, é bom a gente vender, mas a gente também tem que comprar, porque a gente não pode permitir que um país tenha muito déficit na balança comercial. Se o país só compra, a população vai se queixar. Então tem que vender e comprar – é como se fosse uma rodovia de duas mãos. E é por isso que as coisas estão dando certo”, disse o presidente. “É importante que a gente tenha noção de que esse país merece uma chance de crescer, de gerar empregos e de fazer mais universidades”, completou.
 

Oportunidades
O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, celebrou que o Brasil tenha retomado seu lugar na geopolítica internacional. “O presidente Lula disse para mim que iria sair pelo mundo, no ano de 2023, para restabelecer as boas relações diplomáticas, reconectando o Brasil com o mundo. O Brasil não tem contencioso com nenhum país, mas, infelizmente, ficou distante das oportunidades, picuinhas foram construídas nos últimos quatros anos. Quando a gente vê o presidente Lula fazendo mais de 20 viagens internacionais, em 2023, não foi para passear, foi para que trabalhássemos a geração de oportunidades”, destacou.

 
Segurança Alimentar
A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, deu ênfase à prioridade do Governo Federal em garantir a erradicação da insegurança alimentar da vida dos brasileiros e brasileiras. “Sob a orientação do presidente Lula, temos algumas missões: a primeira é não deixar que nenhuma criança – nenhum filho ou nenhuma filha do Brasil – passe fome. Essa é a orientação para a equipe econômica: bote a máquina pública para funcionar e apresente números – e apresentamos: 13 milhões de brasileiros saíram do mapa da fome”, lembrou.
 
“Um outro pedido do presidente foi não deixar a inflação aumentar e comer o salário do trabalhador brasileiro. Com inflação controlada, como está, não só o preço dos alimentos caíram, mas nós estamos determinados a cumprir a determinação do presidente Lula para que não falte carne vermelha na mesa dos brasileiros. É essa a nossa missão”, frisou a ministra sul-mato-grossense.
 

Fim da Polarização
O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, pregou o fim da polarização política no país e celebrou o retorno do diálogo do Governo Federal com estados e municípios. “Em fevereiro de 2023, fomos chamados ao Palácio do Planalto, os 27 governadores, e o presidente nos falou que cada governador do país pode escolher o que é prioritário para seu estado. Apresentamos sete projetos e ele acatou os sete. E, só no ano passado, veio mais de um bilhão de reais para este estado, para ajudar na construção da infraestrutura necessária para a gente se tornar cada vez mais competitivo”, destacou, acrescentando que o presidente sempre respeitou a relação federativa da União com os estados. “Aqui, no nosso estado, não haverá nunca qualquer tipo de discussão que ponha a democracia em segundo plano”, finalizou o governador.
 

Mato Grosso do Sul
Antes desta nova lista de habilitações, o Brasil tinha 107 plantas autorizadas para operar na China, entre as habilitadas para proteínas de aves, bovinos e suínos. O Mato Grosso do Sul tinha apenas três frigoríficos habilitados para exportar carne bovina para os chineses. Agora conta com sete. O estado foi o que mais se beneficiou das novas habilitações entre todas as Unidades da Federação. Antes, os frigoríficos de bovinos de Mato Grosso do Sul tinham potencial de exportar para a China um volume equivalente a no máximo 467 mil cabeças de gado por ano. Agora, são 2,3 milhões, acréscimo de mais de 1,8 milhão de cabeças.
 
“Desde o início de 2023, estamos dedicando todas as forças para trazer os maiores resultados para o Brasil, que tem cultura majoritariamente exportadora. Esse resultado, inequivocamente, gera desenvolvimento e renda para o nosso país. Nós vivemos um momento ímpar e único”, afirma o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Carlos Goulart.
 
Dobrando o Tamanho
A JBS anunciou durante o evento desta sexta que vai duplicar a capacidade de processamento e a força de trabalho de sua unidade Campo Grande II, em Mato Grosso do Sul, o que vai torná-la a maior planta de carne bovina de toda a América Latina. A Companhia pretende investir R$ 150 milhões para permitir que, daqui um ano, o volume processado diariamente na fábrica passe de 2.200 para 4.400 animais, enquanto a quantidade de colaboradores vai saltar de 2.300 para 4.600.“Essas 38 habilitações para a China significam um passo gigantesco para o agronegócio brasileiro. Significam crescimento, geração de emprego e renda. Para a indústria, para o campo, para as pessoas, para o comércio, para cidades”, afirmou Gilberto Tomazoni, CEO global da JBS
 
Bilaterais
Nos dias 5 e 6 de junho, o vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), participará, em Pequim, de uma série de reuniões da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação Português (Cosban). O objetivo é fortalecer ainda mais as relações bilaterais com a China visando, entre outros objetivos, abrir novos mercados no país asiático, maior parceiro comercial do Brasil.
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