31/03/2024 às 16h58min - Atualizada em 31/03/2024 às 16h58min

Rotas de Integração Nacional impulsionam setor produtivo e ampliam oportunidades de renda para 70 mil famílias

Programa do Governo Federal estimula o empreendedorismo e inclusão produtiva de pequenos produtores no mercado brasileiro. Mais de 1.300 municípios já são contemplados nos polos territoriais.

Redação
Agência Gov
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O programa de inclusão produtiva e desenvolvimento sustentável, Rotas de Integração Nacional, completa 10 anos de implementação em 2024. São 13 segmentos produtivos beneficiados, mais de 70 mil famílias contempladas em 1.300 municípios brasileiros e neste ano ganha o reforço da nova Política Nacional de Desenvolvimento Regional, instituída pelo Decreto nº 11.962/2024, que visa gerar mais oportunidades de crescimento sustentável, incentivos à produtividade e competitividade regional.
 
Coordenado pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), as Rotas de Integração Nacional são compostas pelas cadeias produtivas do Mel, Açaí, Leite, Fruticultura, Moda, Cacau, Biodiversidade, Economia Circular, Pescado, Cordeiro, Tecnologia da Informação, Mandioca e Avicultura Caipira.
 
Os investimentos no último ano foram de R$ 30 milhões em assistência técnica, capacitação, extensão universitária, fortalecimento da governança, pesquisa e disseminação do conhecimento, aperfeiçoamento de instrumentos de arrecadação e de gestão de serviços, desenvolvimento de metodologias de monitoramento e avaliação de políticas e programas e o apoio à elaboração de projetos integrados para o desenvolvimento regional e ordenamento territorial.
 
Segundo a secretária Nacional de Políticas de Desenvolvimento Regional e Territorial do MIDR, Adriana Melo, o programa tem um potencial transformador, tanto para o pequeno produtor, quanto para a região onde ele vive.
 
“As Rotas têm impacto direto na transformação do território. Regiões que outrora não ofereciam oportunidades de desenvolvimento e geração de emprego e renda, agora passam a ter cadeias produtivas estruturadas, possibilitando inclusive o fornecimento de insumos para outros estado e países. Ou seja, esses produtores passam a se integrar ao ciclo de dinamismo econômico que o País vive”, explicou.
 
Adriana Melo acrescenta, ainda, que o Programa trabalha com dois paradigmas essenciais: a inovação e a sustentabilidade. Um exemplo pode ser observado com a Rota do Cacau, que utiliza sistemas agroflorestais para a recuperação de áreas alteradas, contribuindo para a recomposição da floresta Amazônica. “Esse tipo de sistema otimiza o uso da terra, conciliando a preservação ambiental com a produção de alimentos, conservando o solo e diminuindo a pressão pelo uso da terra para a produção agrícola”.
 
Outra novidade é o incentivo à criação de startups e a busca por parcerias com universidades e institutos de ensino e pesquisa, de forma a encontrar soluções mais eficientes para as necessidades de cada arranjo produtivo local. “Esse conhecimento técnico e especializado é repassado para os produtores por meio das capacitações, que auxiliam de forma muito efetiva no desenvolvimento das atividades e aplicação de técnicas sustentáveis de manejo e produtividade”, afirma Adriana Melo.
 
Beneficiada pelo Rotas de Integração Nacional, Rosilene de Oliveira Arruda, de 38 anos, destaca a importância do trabalho para os pequenos produtores. Moradora do Povoado de Vila Aparecida, no município de Jaraguá – GO, ela participou do ciclo de capacitação realizado pelo MIDR em 2023, em parceria com a Universidade Federal de Goiás (UFG).
 
“A Rota da Fruticultura chegou até nós por meio dos treinamentos. Foi um projeto muito importante para minar a visão de que a mulher do campo não pode atuar e garantir seu sustento. Essa capacitação veio para que pudéssemos incrementar a renda das nossas famílias”, explicou. A produtora coordena o Movimento Camponês Popular (MCP), que atua no apoio ao pequeno produtor, na construção de casas na região.
 
De acordo com a secretária do MIDR, identificar vocações produtivas para determinadas regiões, preenche também algumas lacunas econômicas e gera oportunidades não só para o produtor, mas para a comunidade que reside nessas localidades.
 
“O Programa ajuda a fomentar cada vez mais o cooperativismo, ampliando as ofertas de trabalho e renda para a população local, por meio da valorização dos potenciais regionais”, concluiu Adriana Melo.
 
Segundo o coordenador do Programa Rotas de Integração Nacional, Tiago Araújo, para 2024 estão sendo pensadas muitas novidades. A primeira delas é a implementação do polo da Avicultura Caipira no estado da Paraíba, Ceará e Rio Grande do Sul.
 
“A criação da Rota da Avicultura Caipira é um pilar fundamental do futuro agropecuário do país. A avicultura caipira representa uma grande oportunidade para impulsionar o desenvolvimento rural sustentável no Brasil, trazendo benefícios econômicos, sociais e ambientais associados a essa produção de proteína. Ao reconhecer e apoiar a avicultura caipira, pode-se fortalecer as comunidades rurais, associações, cooperativas, além de ajudar a promoção e inclusão de jovens e mulheres”, destaca o coordenador.
 
Há também a aposta na demanda hídrica para frutíferas em um cenário de mudanças climáticas usando inteligência artificial. “Temos muitas novidades por vir e investimentos em outros setores estratégicos”, finalizou Tiago Araújo.
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