24/01/2024 às 13h56min - Atualizada em 24/01/2024 às 13h56min

Desmaios podem indicar que a criança tem problema no coração

Problemas no coração podem dificultar a realização de atividades na infância, prejudicar o desenvolvimento infantil e até mesmo levar a criança a óbito.

Redação
Foto: Freepik
Brincar, pular e correr são atividades da rotina infantil, mas, para algumas crianças, essas práticas podem ser difíceis por conta de desmaios repentinos, cansaço excessivo e pontadas no coração. Os sintomas merecem atenção, pois podem indicar problemas cardíacos, conforme o Ministério da Saúde. 
 
Segundo o órgão, a cardiopatia é uma das enfermidades mais recorrentes nos bebês nascidos no país, com incidência de 8 a 10 diagnósticos em cada mil nascidos vivos. No recorte geral, estima-se que cerca de 14 milhões de brasileiros tenham alguma enfermidade cardiovascular. Apesar da importância do acompanhamento médico, 23% dessas pessoas nunca se consultaram com um profissional especializado em cardiologia
 
Para crianças com problemas no coração, as autoridades de saúde reforçam que o acompanhamento médico é fundamental para garantir qualidade de vida ao longo do desenvolvimento infantil. Por esse motivo, é importante que os pais e responsáveis estejam atentos aos sinais que demonstrem qualquer alteração e procurem ajuda especializada quanto antes. 
 
Sinais de problemas cardíacos em crianças
Pais e responsáveis podem ter dúvidas sobre quais sintomas indicam um problema cardíaco e quando é necessário procurar um profissional especializado na área. Órgãos ligados à saúde e à pediatria orientam sobre os sinais que merecem atenção, quais os cuidados necessários no dia a dia e como deve ser feito o acompanhamento da criança.
 
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), além dos desmaios, os pequenos podem apresentar cansaço, ganho de peso, taquicardia, dores no peito e mal-estar. Também é comum ficarem com lábios roxos e pele pálida quando brincam muito. Em bebês, os sintomas podem ser notados durante as mamadas, quando há cansaço excessivo e transpiração. 
 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), além da cardiopatia congênita, as crianças podem apresentar a doença cardíaca reumática. A enfermidade é causada por uma lesão nas válvulas e nos músculos do coração, oriunda da febre reumática, que afeta, sobretudo, a população infantil de países em desenvolvimento, sendo responsável por 2% das mortes por doenças cardiovasculares.
 
O sopro no coração é outro problema que também atinge as crianças. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), 80% do público infantil pode apresentar a condição.
 
Graças ao avanço da tecnologia, as suspeitas de problemas cardíacos são dadas ainda na gestação, por meio do ultrassom morfológico, e confirmadas com a realização do ecocardiograma fetal. Após o nascimento, os pais podem recorrer ao teste do coraçãozinho, feito na maternidade, ou aos exames conduzidos pelo pediatra. 
 
Segundo o Ministério da Saúde, as cardiopatias manifestam-se de formas variáveis e os sinais de alguma enfermidade podem surgir logo após o nascimento ou demorar alguns dias e até meses. Em alguns casos, os sintomas só aparecem na adolescência ou no início da vida adulta. 
 
Diagnóstico e métodos de tratamento 
O diagnóstico precoce pode salvar a vida da criança, principalmente, em casos de doenças mais graves. Em episódios de risco, o parto deve ser planejado e a criança precisa ser operada nos primeiros dias de vida, necessitando de médicos especialistas em áreas da cirurgia
 
O Ministério da Saúde avalia que quanto antes a cardiopatia for descoberta, melhores são as chances de recuperação e qualidade de vida. De modo geral, toda criança deve ser acompanhada por um pediatra desde o momento do nascimento, o que ajuda a identificar alterações. 
 
Durante as consultas, é importante que os pais e responsáveis peçam orientações, relatem sobre episódios que possam parecer suspeitos e busquem por esclarecimentos. Com todas as informações, o médico poderá tratar o problema e acompanhar a saúde da criança de forma mais criteriosa. 
 
Geralmente, os profissionais da área da pediatria recomendam um check-up cardiológico, incluindo uma série de exames laboratoriais, físicos e de imagens. Nesses procedimentos, é possível tirar dúvidas e receber orientações sobre a saúde do coração da criança. 
 
Conforme explica a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), algumas cardiopatias não necessitam de tratamento, enquanto outras podem ser tratadas ou controladas com medicamentos. Em alguns casos, pode ser necessária a cirurgia cardiovascular. 
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