15/01/2024 às 11h07min - Atualizada em 15/01/2024 às 11h07min

Novo medicamento em dose única já está disponível nos SUS para tratamento do HIV

5,6 milhões de novos medicamentos foram distribuídos no país pelo Ministério da Saúde para combater o vírus.

Redação
Agência Brasil
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil – Novo medicamento contra HIV é distribuído pelo Ministério da Saúde
Em 2022 foram registrados 36.753 casos de aids no Brasil, de acordo com dados mais recentes do Ministério da Saúde. O número representa um aumento de 20% quando comparado com 2020. Mesmo com todo o avanço na ciência e no tratamento, em 2022 foram 10.994 mortes tendo o HIV ou aids como causa básica. Por isso o assunto ainda é problema de saúde pública no país. 
 
Para o tratamento, 5,6 milhões de novos medicamentos de dose única diária foram distribuídos aos estados pelo Ministério da Saúde. Eles são uma combinação inédita de dois medicamentos: os antirretrovirais dolutegravir 50mg + lamivudina 300mg. Antes esse tratamento era feito com combinações de várias medicações. 
 
Inicialmente, o paciente precisa atender a alguns critérios para mudar a medicação, como ter a partir de 50 anos de idade; adesão regular ao tratamento; carga viral menor que 50 cópias no último exame – e ter iniciado a terapia até 30 de novembro de 2023. 
 
Acompanhamento
Além dos cuidados com a saúde em geral, como manter a vacinação em dia, alimentação equilibrada e fazer atividade física, a infectologista Ana Carolina D'Ettorres fala sobre o maior cuidado que a pessoa que vive com o vírus deve ter. 
 
“É justamente tomar a medicação adequada e contínua. São raríssimas as situações em que é suspensa a medicação hoje em dia e isso deve ser acompanhado de perto por um infectologista, mas se você inicia um tratamento de forma regular, contínua, com acompanhamento de um profissional de saúde, a pessoa que convive com o HIV vai ter uma qualidade de vida melhor ou igual às pessoas que não vivem com o HIV”, comenta. 
 
O ativista Christiano Ramos, de 56 anos, fundador da ONG Amigos da Vida, teve o diagnóstico do HIV em 1988, aos 18 anos. 
 
“No ano de 1994 eu fui um doente terminal de aids e consegui sair do quadro porque naquele ano tinha surgido as primeiras medicações do HIV. O que eu diria é que viver com aids é possível – e que não é mais uma sentença de morte, é apenas uma limitação de vida, mas é uma doença crônica tratável como qualquer outra”, relata.
 
Em 2023, o Ministério da Saúde investiu mais de R$ 1,8 bilhão em medicamentos contra o vírus, como parte da estratégia da pasta para eliminar o HIV como problema de saúde pública.
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