18/11/2023 às 10h03min - Atualizada em 18/11/2023 às 10h03min

Funarte desembarca com delegação brasileira de programadores de dança no continente africano

Brasil integra Bienal de Dança na África durante a 10ª edição do KINANI, por meio do programa Funarte Brasil-Conexões Internacionais.

Redação
Entre os dias 20 e 26 de novembro, uma delegação brasileira de programadores de dança integra a Bienal de Dança na África durante a 10ª edição do KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, que acontece na cidade de Maputo, capital de Moçambique, na África. A iniciativa é uma das ações inaugurais do programa de internacionalização das artes, que está sendo construído pela Fundação Nacional de Artes (Funarte), junto ao Ministério da Cultura, no âmbito da Política Nacional das Artes. A Funarte, por meio do Instituto Bem Cultural, é a realizadora da ação que reúne o grupo brasileiro formado por 12 programadores de festivais de dança ou multiartísticos de diferentes regiões do país.

A presidente da Funarte, Maria Marighella, fará duas apresentações no encontro. A primeira será no dia 23 de novembro, às 10h, no “Painel Sul Sul”, na Galeria do Porto de Maputo; e a segunda, na mesa “Funarte Brasil – Conexões Internacionais”, no Centro Cultural Franco – Moçambicano, em 25 de novembro, às 10h. Nesse segundo painel de debate, a presidenta contará com a participação do diretor de Artes Cênicas da instituição, Rui Moreira. A presidenta e o diretor vão acompanhar o grupo de programadores brasileiros na apresentação dos seus respectivos festivais de dança ou trabalhos independentes, além dos espetáculos de 20 artistas/coletivos indicados, que serão representados pelos gestores no evento.

De acordo com Maria Marighella, a Funarte tem o intuito de cooperar na construção de estratégias de ampliação do entrecruzamento de profissionais e projetos de diferentes países e ações.
 
“É inesgotável o vínculo entre o Brasil e o continente africano, sendo Moçambique um país com o qual compartilhamos um idioma e, também, muitas faces dessa história. Por tudo isso, a Funarte celebra a importância global da Bienal de Dança da África e da KINANI, como plataforma importante na promoção da dança contemporânea há dez anos. Celebramos ainda a realização dessa ação, que articula diferentes agentes artísticos, instituições e iniciativas na criação de uma malha de internacionalização e no estímulo a múltiplas cooperações. Que os movimentos criados pela Bienal contribuam para fortalecer os nossos laços e façam mover outros imaginários em torno da potência criativa, da riqueza e da diversidade dos nossos povos”, ressalta a presidente.

A delegação, apoiada pela Funarte, é constituída por programadoras e programadores que representam a diversidade brasileira. São eles: João Fernandes, diretor do Mova-se Festival, de Manaus – AM: Jacob  Bezerra, diretor e curador do Junta Festival, de Teresina – PI; David Linhares, diretor da Bienal de Dança do Ceará, de Fortaleza – CE;  Verusya Santos, diretora do Festival de Dança, de Itacaré – BA; Daniele Sampaio, curadora do Cena Contemporânea, de Brasília – DF; Priscila Patta, diretora da Rede Sola, de Belo Horizonte – MG; Nayse Lopez, diretora do Panorama Festival, do Rio de Janeiro – RJ; Estela Lapponi, performer, videoartista, artista DEF e integrante do Grupo de Trabalho Funarte Acessibilidade, de São Paulo – SP; Gabi Gonçalves, produtora do Faroffa, de São Paulo – SP; e Thiago Piragira, curador do Porto Alegre em Cena, de Porto Alegre – RS. Já os programadores de dança Guilherme Filho, curador do MID – Movimento Internacional de Dança, e Sergio Bacelar, diretor do MID – Movimento Internacional de Dança, ambos de Brasília – DF, são apoiados pelo Instituto Guimarães Rosa / Embaixada do Brasil em Maputo.

O encontro de programadores de dança em Moçambique tem o objetivo de fortalecer o papel da linguagem enquanto ato cultural, artístico, socioeconômico e político, além de tornar perceptível o atual estágio da criação contemporânea de dança. A programação acontece em diferentes centros culturais e espaços alternativos da capital do país: Praça da Independência, Jardim Tunduru, Centro Cultural Franco-Moçambicano, Galeria do Porto de Maputo, Teatro Avenida, Centro Cultural Moçambique - China, Cine-Teatro Scala, Sé Catedral de Maputo, Correios de Moçambique, Cine África, 4º Andar e Bairro Polana Caniço.

O projeto, idealizado pelo Instituto Bem Cultural, conta com a parceria da Yodine Produções, KINANI e Bienal de Dança na África; apoio do Instituto Guimarães Rosa, Embaixada do Brasil em Maputo e Ministério das Relações Exteriores, e a realização da Fundação Nacional de Artes, do Ministério da Cultura e do Governo Federal.

Sobre Brasil e África – Cooperação Sul-Sul
A cooperação brasileira para o desenvolvimento internacional com países da África avançou do discurso solidário para a prática em vários setores. O Brasil defende um sistema de cooperação diverso com modelos e práticas oriundas das diferenças históricas de cada nação. Para desenvolver projetos de cooperação internacionais para as artes, é preciso trazer para as negociações todos aqueles agentes que podem ser beneficiados, sejam eles públicos ou privados e, fundamentalmente, a sociedade civil.

Sobre Bienal de Dança na África e Kinani – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea
A cidade de Maputo, capital de Moçambique, na África, foi o local escolhido para receber a Bienal de Dança na África durante a 10ª edição do KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, de 20 a 26 de novembro.

Moçambique possui uma longa experiência de promoção da dança contemporânea como veículo de expressão cultural, artística, de comunicação e socioeconômico. A institucionalização e a realização regular de residências artísticas e a organização do KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea, de dois em dois anos, também estão no currículo do país. O acolhimento da Bienal de Dança na África constitui um retorno histórico às raízes, na África profunda, um momento particularmente marcante, explicam os organizadores.

O tema da Bienal de Dança na África 2023 é “Para além...”. Uma reflexão para além: da pandemia, das fronteiras, da disciplina, das expectativas, das incompreensões. Essa edição pretende ser um ponto de encontro de diferentes especialidades da dança: coreógrafos, intérpretes, produtores, programadores, técnicos, pensadores, investigadores. Paralelamente aos espetáculos, vai ser prestada uma relevância aos debates e reflexões sobre os desafios e as tendências da dança contemporânea no continente africano e no mundo.

O KINANI contará igualmente com momentos importantes de convivência e encontros informais, para permitir os contatos e a interação entre os artistas, operadores e programadores, como forma de fortalecer as relações e criar uma verdadeira rede de profissionais neste domínio. Estes momentos itinerantes abrirão oportunidades para os visitantes descobrirem a cidade, a sua arquitetura, sua gente e seus palcos artísticos: concertos, projeções a céu-aberto, intervenções de artes plásticas e de artesanato, por exemplo.

O elenco de curadoria do KINANI, junto com a Bienal de Dança na África, selecionou uma variedade de propostas concebidas sem imposição em termos temáticos, com o objetivo de estimular a liberdade de expressão artística e oferecer espaço de visibilidade a diferentes abordagens em um ambiente aberto. O KINANI vai apresentar montagens de companhias e, também, peças-solo, com performances que ilustram e valorizam a equidade de gênero e dimensão regional e territorial. As obras são o resultado de atividades de pesquisa e de residências criativas.

A edição 2023 da Bienal pretende instaurar, junto aos países convidados, um fórum de reflexão sobre os processos artísticos e socioculturais produzidos por meio das diversas formas de dançar.

Serviço
Bienal de Dança na África, associada à programação do KINANI – Plataforma Internacional de Dança Contemporânea 10ª edição
De 20 a 26 de novembro
Confira a programação no site oficial do evento: https://kinani.co.mz/
Ação do programa Funarte Brasil – Conexões Internacionais
Idealização: Instituto Bem Cultural | Parceria: Yodine Produções, KINANI e Bienal de Dança na África | Apoio: Instituto Guimarães Rosa, Embaixada do Brasil em Maputo e Ministério das Relações Exteriores | Realização: Fundação Nacional de Artes, Ministério da Cultura e Governo Federal.
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