08/11/2023 às 15h53min - Atualizada em 08/11/2023 às 15h53min

Fiocruz amplia as opções de tratamento da hepatite C no Brasil

Destinados ao tratamento da hepatite C, serão fornecidas 800.800 unidades farmacêuticas.

Redação
Agência Gov
Foto: Divulgação
O Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) realiza, nesta quarta-feira (8), a primeira entrega dos medicamentos Sofosbuvir e Declatasvir ao Ministério da Saúde (MS). Destinados ao tratamento da hepatite C, serão fornecidas 800.800 unidades farmacêuticas. Essa primeira entrega é o resultado da parceria assinada com a Blanver S.A.
 
Com alto percentual de cura, a combinação Sofosbuvir e Daclatasvir representará uma economia de cerca de R$ 40 milhões ao ano ao Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da hepatite C. Com a transferência de tecnologia, Farmanguinhos/Fiocruz será o primeiro laboratório público no país a produzir medicamentos associados ao Sofosbuvir, com perfil pangenotípico, ou seja, efetivo contra diferentes tipos de vírus causadores da hepatite.
 
Para o tratamento das hepatites virais, além do Sofosbuvir e Daclatasvir, o Instituto produz o medicamento Ribavirina. Recentemente, estabeleceu acordo para fornecer o Ravidasvir, que trata a hepatite C, em parceria com a DNDi e a farmacêutica egípcia Pharco Pharmaceuticals.
 
“Essas iniciativas demonstram o compromisso do Instituto com a ampliação do acesso da população a mais medicamentos que tratam hepatites, e com o fortalecimento do Complexo Econômico e Industrial da Saúde”, afirma o diretor de Farmanguinhos/Fiocruz, Jorge Mendonça.
 
Hepatite C
A Organização Mundial da Saúde (OMS) preconiza que o tratamento da hepatite C esteja disponível para todos os indivíduos com diagnóstico de infecção pelo vírus da hepatite viral C, independentemente do estágio da doença, utilizando preferencialmente medicamentos classificados como pangenotípicos, que é o caso do tratamento com Sofosbuvir e Daclatasvir.
 
O Boletim Epidemiológico das Hepatites Virais, publicado pelo MS em 2022, apresenta os registros de notificações dos casos entre os anos de 2000 e 2021. O documento informa que 718.651 casos foram confirmados no Brasil neste período, sendo 168.175 (23,4%) de hepatite A, 264.640 (36,8%) de hepatite B, 279.872 (38,9%) de hepatite C e 4.259 (0,6%) de hepatite D.
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