Ministra da Saúde visita Pequeno Príncipe no aniversário de 70 anos da pasta

No dia do aniversário de 70 anos do Ministério da Saúde quem ganhou o presente foi o Hospital Pequeno Príncipe. A Ministra da Saúde, Nísia Trindade, esteve em agenda-almoço na instituição e, além de conhecer o maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do país, também ouviu propostas para a criação de um incentivo à saúde das crianças.
 
A ministra conheceu a UTI Geral, a ala do Serviço de Onco- Hematologia e do Transplante de Medula Óssea (TMO) da instituição, antes de ser formalmente apresentada ao Hospital. Na ocasião, ela pôde conhecer também os projetos de Telessaúde na Pediatria e Stewardship de Antimicrobianos desenvolvidos pelo Pequeno Príncipe.
 
“Eu não conhecia o Hospital, mas tinha muitas referências pela minha equipe, pela primeira-dama Janja e pela deputada Gleisi. Quero agradecer e parabenizar pela história de organização e pelo trabalho que vocês estão fazendo aqui. E gostaria de destacar a convergência do que foi apresentado com várias iniciativas propostas”, destacou a ministra, Nísia Trindade.
 
“Estamos muito felizes de receber no Hospital a primeira ministra da saúde mulher. Essa é uma oportunidade significativa para apresentar o trabalho que estamos desenvolvendo ao longo desses mais de 100 anos com a participação de mulheres como a Dona Ety”, acolheu o diretor-corporativo José Álvaro Carneiro, que apresentou o Complexo Pequeno Príncipe com destaque às ações ambientais.
 
Incentivo à saúde das crianças
O Pequeno Príncipe propôs a criação de um incentivo para hospitais filantrópicos, de referência à saúde, de excelência, de alta complexidade e multiespecialidades a partir de vários critérios. “Entregamos serviço de saúde e garantimos direitos das crianças. E esse papel é extremamente significativo, mas custa. E é esse custo invisível da pediatria, de cerca de 20%, que queremos apresentar”, apontou assessora da diretoria Thelma Alves de Oliveira.
 
“São três ideias-base para avaliação do ministério. O incentivo à saúde das crianças; o programa de Stewardship e uma possível adesão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) para capilarização; e o apoio institucional para o projeto do Pequeno Príncipe Norte, visto que a instituição já está articulando emendas no congresso”, completou Thelma.
 
“Precisamos estudar a proposta de incentivo aos hospitais de crianças, mas há convergência com o que o ministério tem trabalhado. Temos também que checar critérios e condições orçamentárias, mas recebo de forma positiva. Assim como ações relacionadas aos antimicrobianos, que são convergentes com tudo que fazemos e estamos muito atrasados nisso”, ponderou Nísia.
 
A diretora-executiva do Hospital Pequeno Príncipe, Ety Cristina Forte Carneiro, alertou a importância de o país ter hospitais de referência. “Em cada três bebês que morrem de zero a 3 anos, dois poderiam ser salvos se tivessem acesso a um serviço de saúde de qualidade. 44% das mortes de crianças de zero a 6 anos também poderiam ser evitadas. É uma imensa alegria para nós estarmos desenhando, sonhando e vivendo um momento de um Brasil essa invisibilidade será vista e reconhecida, no qual direitos não são vistos como privilégios”.
 
A ministra também destacou a importância do Hospital como referência nacional e internacional e terminou sua visita fazendo uma convocação à instituição. “Aqui é um hospital de referência da criança e trago um convite para que possamos firmar um grande movimento pela vacinação das crianças. O relatório do Unicef desse ano mostra um grande risco de reintrodução de poliomielite e precisamos trabalhar juntos”, convocou a ministra.
 
Presenças
O encontro contou com a participação de várias outras autoridades políticas, entre eles o secretário de Saúde do Estado, Beto Preto; a secretária municipal de Saúde, Beatriz Nadas; os deputados federais Toninho Wandscheer e Zeca Dirceu; os deputados estaduais Marcia Huçulak e Alexandre Cury; e os vereadores Ângelo Vanhoni e professora Josete Dubiaski da Silva. Bem como o representante do Ministério da Saúde no Paraná, Luiz Armando Erthal, e o diretor do departamento de assistência hospitalar, domiciliar e de urgência do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Junior.
 
“Estamos aqui em Curitiba empenhados em uma campanha, como fizemos há 40 anos, para levantar o Pequeno Príncipe Norte. Já está empenhado uma parte de emendas com os deputados. Nós vereadores também estamos comprometidos e, se pudermos contar com o apoio institucional do ministério, será fantástico”, salientou o vereador Ângelo Vanhoni.
 
Sobre o Hospital
Com sede em Curitiba – PR, o Pequeno Príncipe, maior e mais completo hospital exclusivamente pediátrico do Brasil, é uma instituição filantrópica, sem fins lucrativos, que oferece assistência hospitalar há mais de 100 anos para crianças e adolescentes de todo o país. Disponibiliza desde consultas até tratamentos complexos, como transplantes de rim, fígado, coração, ossos e medula óssea. Atende em 35 especialidades, com equipes multiprofissionais, e realiza 60% dos atendimentos via Sistema Único de Saúde (SUS). Conta com 361 leitos, 68 de UTI, e em 2022, mesmo com as restrições impostas pela pandemia de coronavírus, foram realizados cerca de 250 mil atendimentos e 18 mil cirurgias que beneficiaram pacientes do Brasil inteiro. Também no ano passado, o Pequeno Príncipe foi eleito, pelo segundo ano consecutivo, um dos cem melhores hospitais pediátricos do mundo em um ranking elaborado pela revista norte-americana Newsweek.